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Matérias / Brasil

O que aconteceu com os criminosos envolvidos na Barbárie de Queimadas?

Crime será ilustrado na noite desta quinta-feira, 11, no programa 'Linha Direta' da TV Globo

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 11/05/2023, às 14h01 - Atualizado em 12/05/2023, às 18h02

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As duas vítimas fatais do crime que chocou o Brasil - Reprodução/Vídeo
As duas vítimas fatais do crime que chocou o Brasil - Reprodução/Vídeo

Na última quinta-feira, 11, o programa 'Linha Direta' da TV Globo, resgatou um dos mais chocantes crimes da história recente do país; ocorrido na noite de 12 de fevereiro de 2012, um grupo de criminosos em Queimadas, na Paraíba, planejaram uma festa de aniversário falsa, de forma a atraírem mulheres para o evento e forjar um assalto, com direito a mordaças e amarras. 

Contudo, o tal assalto foi feito pelos organizadores da festa para imobilizar apenas as garotas, que foram cruelmente abusadas em um estupro coletivo. Após desligarem o sistema de energia elétrica, parte do grupo se passou por assaltantes encapuzados, vendando os olhos das garotas na casa e usando “enforca-gatos” para prender seus punhos e pernas.

Sete mulheres acabaram sendo vítimas do grupo, com duas, Izabella Pajuçara Frazão Monteiro e Michelle Domingues da Silva, que os identificaram durante o ato, levadas para um carro e mortas com disparos de arma de fogo ao longo de uma estrada. O crime, previamente planejado, ainda levou o carro de um dos convidados da festa. O episódio seria tratado pela imprensa nacional como a "Bárbarie de Queimadas".

Depois, os irmãos Eduardo e Luciano dos Santos, considerados mentores da ação, ainda compareceram no funeral das vítimas fatais. Contudo, pouco após o crime, a investigação não apenas apontou a presença de DNA dos irmãos no sêmen encontrado nas vítimas, como os sinais do crime forjado apontaram para os criminosos, que foram presos ainda durante o enterro, como informou o portal G1.

Izabella Pajuçara Frazão Monteiro e Michelle Domingues da Silva, vítimas fatais, em fotografia - Crédito: Divulgação / TV Globo

Ao longo de investigações, depoimentos e confissões, a polícia local constatou que nove rapazes estiveram envolvidos no crime, sendo três menores de idade, mobilizados a prender as garotas como uma forma de “presenteá-las” para Luciano, que realmente fazia aniversário na ocasião, escancarando o motivo torpe do episódio brutal.

Os criminosos

O mais velho dos irmãos mentores, Eduardo recebeu, no ano de 2014, uma condenação que totalizava 108 anos de prisão pelos cinco estupros, pelos dois homicídios, por agredir um dos adolescentes envolvidos nos abusos durante a encenação do crime, além de formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores e porte ilegal de arma.

Seu irmão mais novo, Luciano, também foi sentenciado, mas a 44 anos de prisão, sendo o único que permanece em regime fechado. Todos os outros envolvidos foram condenados com penas que chegam a 30 anos, mas obtiveram regime semiaberto ou liberdade condicional.

Um dos membros da quadrilha, identificado como Jacó Souza, foi assassinado ao tentar retomar a vida na cidade onde cometeu o crime, cumprindo a condicional. Eduardo, por outro lado, não teve direito ao afrouxamento de pena, mas fugiu da cadeia em novembro de 2020.

Eduardo dos Santos, que continua foragido após o crime /Crédito: Procurados PB

Tais fatores mobilizam as sobreviventes do crime e familiares das vítimas a protestarem contra o que consideram impunidade; Eduardo, desde então, permanece foragido da Justiça brasileira.