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Matérias / Marilyn Monroe

O que a alma desencarnada de Marilyn Monroe disse em psicografia de Chico Xavier?

Psicografia feita a partir de entrevista do espírito Humberto de Campos revelou, entre outras coisas, detalhes dos últimos momentos de vida da atriz

Fabio Previdelli

por Fabio Previdelli

fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 22/01/2023, às 00h00 - Atualizado em 23/03/2023, às 18h15

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Montagem de Chico Xavier ao lado de Marilyn Monroe - Divulgação/Orzil.org e Getty Images
Montagem de Chico Xavier ao lado de Marilyn Monroe - Divulgação/Orzil.org e Getty Images

Uma das mais célebres atrizes de todos os tempos, Marilyn Monroe foi um símbolo da sexualidade e da arte do século passado. Com uma beleza e talento incomparável, sua trajetória de vida segue gerando interesse e controversa. 

No dia 6 de agosto de 1962, o corpo de Norma Jeane Mortenson, seu nome de batismo, foi encontrado sem vida deitado nua na cama de sua residência. Ao lado de inúmeros frascos de remédios, Marilyn havia morrido há algumas horas. Mas o que se passou durantes seus últimos minutos de vida?

Os relatos da pós-vida

Em 1965, conforme recorda o jornal O Semanário, o médium Chico Xavier visitou os Estados Unidos ao lado do também médium, e médico, Waldo Vieira, de quem era parceiro na Comunhão Espírita Cristã em Uberaba, Minas Gerais. 

Da experiência, Chico psicografou o trecho de um livro através de uma entrevista feita pelo espírito Humberto de Campos com a artista desencarnada Marilyn Monroe. O diálogo é registrada na obra “Estante da Vida”, que apresenta uma única conversa com a estrela mais famosa de Hollywood. “Sou um amigo do Brasil que deseja ouvi-la”, começou o espírito de Campos

“Um brasileiro a procurar-me, depois da morte?”, indagou a estrela. “Sim, e porque não? A sua experiência pessoal interessa a milhões de pessoas no mundo inteiro”, continuou. 

Uma experiência fracassada. Uma lição talvez. Em que lhe poderia ser útil?”, questiona Monroe

O espírito de Humberto de Campos, então, aponta que a vida da atriz influenciou muitas outras e que um recado dado por ela seria de tamanha valia para quem a acompanhou. “Quem gostaria de acolher um grito de dor? [...] Fui mulher como tantas outras e não tive tempo e nem disposição para cogitar de filosofia.”

Marilyn, então, é estimulada a continuar. “Bem, diga então às mulheres que não se iludam a respeito de beleza e fortuna, emancipação e sucesso... Isso dá popularidade e a  popularidade é um trapézio no qual raras criaturas conseguem dar espetáculos de grandeza moral, incessantemente, no circo do cotidiano.”

Campos então lhe pergunta se isso significaria que as mulheres deveriam ter um lugar único e exclusivo dentro de um lar. “Não tanto. O lar é uma instituição que pertence à responsabilidade tanto da mulher quanto do homem”. 

Quero dizer que a mulher lutou durante séculos para obter a liberdade. Agora que a possui nas nações progressistas, é necessário aprender a controlá-la. A liberdade é um bem que reclama senso de administração, como acontece ao poder, ao dinheiro, à inteligência”, explica. 

Sexo e transição

Ainda seguindo a pauta de liberdade feminina, o espírito Humberto questiona a artista desencarnada se isso também diz respeito a liberdade do sexo. “Especialmente”, retruca Marilyn

“Concorrendo sem qualquer obstáculo ao trabalho do homem, a mulher, de modo geral, se julga com direito a qualquer tipo de experiência e, com isso, na maioria das vezes, compromete as bases da vida. Agora que regressei à Espiritualidade, compreendo que a reencarnação é uma escola com muita dificuldade de funcionar para o bem, toda vez que a mulher foge à obrigação de amar, nos filhos, a edificação moral a que é chamada”, prossegue. 

Pedindo para ser mais clara sobre o assunto, ela continua: “Não tenho expressões para falar sobre isso com o esclarecimento necessário; no entanto, proponho-me a afirmar que o sexo é uma espécie de caminho sublime para a manifestação do amor criativo, no campo das formas físicas e na esfera das obras espirituais, e, se não for respeitado por uma sensata administração dos valores de que se constitui, vem a ser naturalmente tumultuado pelas inteligências animalizadas que ainda se encontram nos níveis mais baixos da evolução”.

Em outro trecho, Campos fala com a atriz desencarnada sobre se seu suicídio — ponto debatido até hoje — alterou sua lucidez. “A tese do suicídio não é verdadeira como foi comentada”, respondeu sorrindo. 

Os vivos falam acerca dos mortos o que lhes vem à cabeça, sem que os mortos lhes possam dar a resposta devida, ignorando que eles mesmo, os vivos, se encontrarão, mais tarde, diante desse mesmo problema”, apontou.

Monroe ainda declarou que a desencarnação lhe alcançou por meio de tremendo processo obsessivo. “Na época, me achava sob profunda depressão. Desde menina, sofri altos e baixos, em matéria de sentimento, por não saber governar a minha liberdade... Depois de noites horríveis, nas quais me sentia desvairar, por falta de orientação e de fé, ingeri, quase semi-inconsciente, os elementos mortíferos que me expulsaram do corpo, na suposição de que tomava uma simples dose de pílulas mensageiras do sono”. 

Por fim, a atriz desencarnada é questionada se ela conseguiu dormir durante o processo de transição do mundo físico para o espiritual. “De modo algum. Quando minha governanta bateu à porta do quarto, inquieta ao ver a luz acesa, acordei às súbitas da sonolência a que me confiara, sentindo-me duas pessoas a um só tempo”. 

“Gritei apavorada, sem saber, de imediato, identifica-me, porque lograva mover-me e falar, ao lado daquela outra forma, a vestimenta carnal que eu largara… Infelizmente para mim, o aposento abrigava alguns malfeitores desencarnados que, mais tarde, vim a saber, me dilapidavam as energias. Acompanhei, com indescritível angústia, o que se seguiu com o meu corpo inerme; entretanto, isso faz parte de um capítulo do meu sofrimento que lhe peço permissão para não relembrar”, finalizou.