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Matérias / Personagem

De escritor a inspiração para o Führer: 8 fatos sobre Benito Mussolini

Morto há exatos 75 anos, Mussolini ficou conhecido como o sanguinário pai do fascismo

Joseane Pereira Publicado em 28/04/2020, às 00h00

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Benito Mussolini (1883-1945) - Getty Images
Benito Mussolini (1883-1945) - Getty Images

1. Expulso do colégio

Mussolini, nascido em 1883 no sudeste da Bolonha, era uma criança complicada. Como era muito violento, seu pai — um ferreiro socialista devoto — o enviou para um internato católico. Embora o ambiente fosse rígido, ele não moderou seu comportamento, sendo expulso aos 10 anos por machucar um colega com canivete. E essa não foi a única vez: antes de completar 20 anos, ele esfaqueou outros colegas, incluindo uma namorada.

2. Escritor de romances

Com desejo de desenvolver seus dotes artísticos e ridicularizar a Igreja Católica, aos 26 anos Mussolini escreveu o romance “A Senhora do Cardeal”, ambientado na Itália do século 17. O livro se tornou um best-seller traduzido em 10 idiomas, sendo entretanto descrito pelo autor como "um romance para costureiras e escandalosas" e "um livro desagradável”.

3. Inspirado pela história romana

Como sabemos, um dos pilares do fascismo italiano era a nostalgia com relação às glórias romanas. Para isso, o ditador reformulou muitos símbolos, como a águia e a saudação com braço estendido. Até a palavra “fascismo” faz referência ao “Fasces” romano, objeto de madeira que simbolizava poder e autoridade.

4. Aterrorizou o rei da Ítália 

Após os grupos radicais italianos se espalharem pelo norte do país, vandalizando espaços sociais e matando milhares de oponentes políticos, eles marcharam para Roma. Lá, o rei Victor Emmanuel III temia a resistência ao fascismo, que poderia resultar em mais derramamento de sangue.

Quando os extremistas invadiram, ele acabou legitimando a marcha e nomeando Mussolini como primeiro ministro, na esperança de que ele cooperasse. Isso não ocorreu, e a ditadura se estabeleceu em 1925.

5. Políticas antissemitas 

No início de seu governo, o Duce não parecia se importar com os judeus italianos, permitindo que eles se juntassem ao Partido. "O governo fascista não tem nenhuma intenção de tomar medidas políticas, econômicas ou morais contra os judeus", afirmou um decreto da época.

Mas isso mudou da noite para o dia: em julho de 1938, ele anunciou a deportação de judeus estrangeiros e a perda de cidadania dos judeus italianos. Segundo alguns historiadores, essa decisão teria sido tomada pois ele queria aproximar o fascismo italiano do nazismo alemão.

6. HITLER SE EMOCIONOU AO CONHECÊ-LO

Mussolini visto em seu trem blindado pelo colega alemão Adolf Hitler, 1937 / Crédito: Getty Images

Mussolini era a maior inspiração do Fuhrer. O estilo dramático, nacionalismo exacerbado e poder de dominação das massas, assim como a insólita saudação, foram utilizado pelo ditador alemão após ele chegar ao poder.

Segundo o tirano afirmou para sua amante Claretta Petacci em 1938, Hitler "tinha lágrimas nos olhos" quando os dois se viram pela primeira vez. "No fundo, Hitler é um velho sentimentalista", teria afirmado ele, segundo o diário de Petacci.

7. A morte do genro

Em 1943, após ser deposto pelo Grande Conselho Italiano e preso pelo rei Emmanuel, Mussolini foi resgatado do cárcere pelas tropas nazistas. Recuperando o controle, ele se vingou de membros do partido que poderiam tê-lo traído – incluindo seu próprio genro, Galeazzo Ciano, ministro das Relações Exteriores do partido.

8. A frase mais famosa não é dele

A sentença mais conhecida do ditador, que adorava discursar em praça pública, é a seguinte: "É melhor viver um dia como leão do que cem anos como ovelha". Ele teria usado essa citação para comemorar a Batalha do Rio Piave, na Primeira Guerra Mundial, onde ela tinha sido escrita por um soldado na parede.

Entretanto, a frase é ainda mais antiga: em meados de 1800, o sultão indiano Tipu de Mysore teria dito que ele “prefere viver dois dias como um tigre, do que duzentos anos como uma ovelha”.


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