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Matérias / Segunda Guerra Mundial

Operação Fortitude: A mobilização dos Aliados feita para enganar os nazistas

Durante a reta final da Segunda Guerra Mundial, a operação mobilizou Aliados para espalhar informações falsas contra os rivais

Wallacy Ferrari

por Wallacy Ferrari

wferrari@caras.com.br

Publicado em 19/04/2023, às 17h00 - Atualizado em 11/05/2023, às 18h12

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Fotografia registra o Dia D - Wikimedia Commons / Domínio Público
Fotografia registra o Dia D - Wikimedia Commons / Domínio Público

O Dia D, também conhecido como Operação Overlord, foi uma das maiores operações militares da história, ocorrida durante a Segunda Guerra Mundial, em 6 de junho de 1944. O objetivo da operação era estabelecer uma posição na Europa Ocidental e iniciar a invasão da Alemanha.

A operação envolveu cerca de 160 mil soldados das forças Aliadas, que desembarcaram em cinco praias na costa da Normandia, na França, que haviam sido previamente escolhidas pelos líderes militares como pontos de invasão.

Embora o episódio tenha sido arriscado, os Aliados conseguiram estabelecer uma cabeça de ponte na Europa continental, o que permitiu o início da libertação da França e a subsequente invasão da Alemanha, sendo um dos pontos de virada na luta contra as forças do Eixo. Contudo, se engana quem acredita que apenas a força humana e bélica foi suficiente.

A inteligência britânica foi responsável pela criação da Operação Fortitude, feita puramente para enganar os alemães sobre a localização e a data do desembarque das forças Aliadas na Europa.

A operação foi planejada em resposta à necessidade dos Aliados de garantir o sucesso da invasão da Normandia. Para isso, eles decidiram criar uma série de operações falsas para confundir os alemães e levá-los a acreditar que o desembarque ocorreria em outro lugar ou em outra data.

Como era executada

A Operação Fortitude foi um dos principais componentes dessa estratégia de engano. O auxílio dos Aliados contou com o intercâmbio do general americano George S. Patton, que foi escolhido devido à sua reputação de ser um dos comandantes mais agressivos e capazes do exército americano, de maneira a cuidar meticulosamente dessa missão, como relatou o History.

George S. Patton, responsável por coordenar a operação / Crédito: Domínio Público

De acordo com o veículo, a operação consistiu em criar uma falsa força militar no sul da Inglaterra, com a intenção de fazer os alemães acreditarem que o desembarque aconteceria lá. A operação também incluiu a criação de uma série de sinais de rádio falsos e transmissões de notícias falsas para reforçar essa ilusão.

Para garantir que a operação fosse convincente, os Aliados usaram vários truques e técnicas de engano. Por exemplo, eles construíram uma série de tanques infláveis e aviões de madeira para colocar em exibição nos campos militares no sul da Inglaterra. Além disso, os Aliados empregaram agentes duplos para espionar os alemães e enviar informações falsas sobre o desembarque para eles.

Isso incluiu o agente Juan Pujol García, também conhecido como "Garbo", que se tornou um dos agentes duplos mais bem-sucedidos da história, apenas espalhando informações incorretas para o Eixo.

Juan Pujol García como espião / Crédito: Wikimedia Commons 

A operação também teve um impacto significativo na história da guerra, ajudando a estabelecer a reputação da inteligência britânica como uma das mais habilidosas e eficazes do mundo.

Hoje em dia, a Operação Fortitude é considerada um marco importante na história da guerra e um exemplo clássico de como a inteligência e o engano podem ser usados ​​como ferramentas poderosas na guerra moderna.