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Matérias / Estados Unidos

Seria o Projeto HAARP a “arma geofísica” dos Estados Unidos? Nada disso!

Teorias da conspiração e documentos levantados pelo Parlamento Europeu e Russo, por exemplo, questionam o que o programa realmente está desenvolvendo, alegando que ele seria capaz de manipular o clima ou até mesmo causar um “blackout” geográfico em todo o planeta

Redação Publicado em 08/01/2020, às 16h22

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Antenas do Projeto HAARP - Wikimedia Commons
Antenas do Projeto HAARP - Wikimedia Commons

Muitos dos projetos desenvolvidos pelos Estados Unidos, principalmente por suas Forças Armadas, resultam em desconfianças tanto em pessoas ou até mesmo em governos de outros países. Consequentemente, surgem inúmeras teorias da conspiração que tentam compreender o que, de fato, aconteceria por dentro desses programas.

O HAARP (Programa de Investigação de Aurora Ativa de Alta Frequência, em português) foi elaborado em 1993 pela Força Aérea dos Estados Unidos, a Marinha e a Universidade do Alasca. Alvo de suspeitas, foi oficialmente criado para "entender, simular e controlar os processos ionosféricos que poderiam mudar o funcionamento das comunicações e sistemas de vigilância".

Com o intuito de entender de maneira mais profunda a atividade de transmissões de ondas de rádio na camada mais superior da atmosfera, a ionosfera. O governo tinha interesse em explorar as possibilidades de comunicação e navegação desta parte da atmosfera — o que envolve tanto aparatos civis quanto militares.

E é aí que surgem as teorias conspiratórias. O Estados Unidos querem apenas melhorar sua capacidade de comunicação e localização ou estão produzindo uma arma capaz de ameaçar outras nações?

Em 1999, o Parlamento Europeu divulgou uma declaração onde alegava que o HAARP poderia "resultar em mudanças nos padrões climáticos. Poderia também influenciar ecossistemas inteiros, especialmente nas regiões sensíveis da Antártida".

Vista aérea do HAARP / Crédito: Wikimedia Commons

"O HAARP pode ser usado para muitos propósitos. Enormes quantidades de energia podem ser controladas pela manipulação das características elétricas da atmosfera. Se usado como arma militar, pode ter um impacto devastador sobre o inimigo. O HAARP pode fornecer milhões de vezes mais energia para uma determinada área do que qualquer outro transmissor convencional. A energia também pode ser dirigida a um alvo móvel que deverá constituir um potencial sistema anti-míssil", declarou.

Em 2002, o Parlamento Russo também questionou o projeto em um relatório oficial do governo. De acordo com documentos organizados pelos russos, os estadunidenses estavam desenvolvendo uma “arma geofísica”, inovando totalmente o conceito de armamento já conhecido.

Para os adeptos da teoria sem provas, seria possível manipular a baixa atmosfera terrestre e movimentar placas tectônicas, mudar a temperatura atmosférica e ainda o nível de radiação que pode passar pela camada de ozônio. Assim, a teoria conspiratória afirma que a consequência da primeira questão é a possibilidade de gerar terremotos.

A última teoria levantada por conspiracionistas a respeito do programa diz respeito ao bloqueio militar que ele poderia causar mundialmente aos outros países. Com a tecnologia, as Forças Armadas estadunidenses poderiam danificar e até mesmo interditar frequências de comunicação e localização, por exemplo. Assim, apenas os EUA teriam acesso a esse tipo de informação, causando um total “blackout” geográfico em todo o planeta.

Pura conspiração!

É importante destacar que as alegações não passam de teorias conspiratórias sobre o que acontece por dentro do HAARP. Na realidade, o projeto visava enriquecer o conhecimento a respeito das propriedades físicas e também elétricas da ionosfera terrestre. Como resultado, poderia existir uma melhora nos sistemas de comunicação e navegação.

A página do projeto explica que a sua origem é motivada "para ampliar o conhecimento dos efeitos dessa parte da atmosfera na propagação de ondas de rádio, a fim de melhorar os sistemas de comunicação e vigilância para fins civis e de defesa".

Assim, antenas com alta frequência do HAARP enviavam ondas até a ionosfera com o intuito de aquecê-la. Com isso, seria possível estudar os efeitos das interações de temperaturas e condições de pressão. Além disso, não existem provas de que os Estados Unidos utilizou o projeto como uma arma geofísica, apesar do que foi argumentado por outros países.


*Artigo atualizado com mais informações sobre o projeto HAARP.