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Matérias / Espaço

Tardígrados: os animais terrestres que, acidentalmente, estariam perdidos na Lua

Considerada a criatura mais resistente do planeta, essa espécie pode sobreviver do vácuo do espaço até temperaturas de 80ºC negativos. Mas como eles chegaram até a Lua?

Fabio Previdelli Publicado em 25/10/2020, às 09h00

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Um tardígrado - American Museum of Natural History
Um tardígrado - American Museum of Natural History

Considerada a criatura mais resistente do planeta, o filo dos tardígrados é capaz de sobreviver do vácuo do espaço até temperaturas de 80ºC negativos. Sabe-se, atualmente, da existência de mais de 1000 espécies do filo, cada uma com sua peculiaridade.

Descoberto em 1773, pelo zoólogo Johann August Ephraim Goeze, os fósseis dos tardígrados são de mais de 500 milhões de anos atrás, sobrevivendo às cinco principais extinções em massa ocorridas na Terra.  

A resiliência da espécie é tamanha, que eles chegaram até a Lua, todavia, isso não quer dizer que isso seja uma boa notícia. Mas como isso foi possível? 

Em fevereiro do ano passado, a espaçonave israelense Beresheet pegou carona no foguete Falcon 9 e tinha como objetivo de pousar em uma sonda na Lua. Entretanto, aquilo que seria a primeira tentativa de uma empresa privada de chegar ao satélite natural acabou se tornando uma tremenda tragédia, isso porque ela acabou se espatifando na superfície da Lua em 11 de abril. 

Até então, apesar do fracasso, as coisas pareciam não ter nenhum desdobramento maior. Tudo começou quando o empresário americano Nova Spivack, um dos patrocinadores da missão, disse que depositou, de última hora, alguns milhares de tardígrados junto de amostras de seu DNA e de outras 24 pessoas.  

"Acreditamos que as chances de sobrevivência para os tardígrados são extremamente altas", disse Spivack, sobre a possibilidade de essas criaturas estarem vivas em nosso satélite natural. A notícia provocou a ira de alguns cientistas, especialmente os de astrobiologia, que criticaram o que chamaram de “contaminação” do ambiente lunar.  

“A contaminação biológica descontrolada da superfície da Lua não é ideal cientificamente”, explica Lisa Pratt, chefe do Escritório de Defesa Planetária da Nasa, em um comunicado oficial. Se essa espécie realmente tiver sobrevivido em um impacto com a Lua, isso pode significar que tenha sido quebrado o que é chamado de “ambiente intocado da Lua”.

Quando espaçonaves saem da Terra, elas só são liberadas após se comprometerem com o Tratado do Espaço Exterior, que obriga que o ambiente lunar não seja contaminado.  

"Você pode dizer que foi quebrado em 1969 quando Neil Armstrong e Buzz Aldrin estavam lá, o que é verdade, mas desde então nos tornamos muito mais conscientes de como devemos preservar esses corpos planetários", diz Monica Grady, professora da Open University, em entrevista à BBC. 

Vale ressaltar que, assim como todos os seres vivos, os tardígrados são muito dependentes da água, tanto é que também são chamados de 'ursos da água'. Porém, diferente de outros animais, eles podem passar décadas desidratados e depois serem trazidos de volta à vida.  

E foi justamente nessa condição que eles foram enviados ao espaço. Passando por uma espécie de hibernação, quando secos, eles perdem toda a água do corpo e metabolismo pode chegar em 0,01% de sua taxa normal. Mas, reintroduzidos à água, eles podem ser reanimados.  

Por mais que seja improvável eles voltarem à vida sem água, não é impossível que, em um futuro, eles sejam coletados, trazidos de volta à Terra, reanimados e estudados por pesquisadores. "Não acho que alguém tenha permissão para distribuir tardígrados desidratados sobre a superfície da Lua. Então, isso não é uma coisa boa”, conclui Grady.


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