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Matérias / The Crown

The Crown: Veja o que aconteceu com Mohamed Al-Fayed, o pai de Dodi

Das tentativas de cidadania britânica a trágica morte do filho: trajetória do bilionário mostrado em The Crown chama atenção

Ingredi Brunato Publicado em 22/11/2023, às 09h50 - Atualizado em 25/11/2023, às 00h13

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Mohamed Al-Fayed na vida real e em The Crown - Getty Images e Divulgação/ Netflix
Mohamed Al-Fayed na vida real e em The Crown - Getty Images e Divulgação/ Netflix

Os quatro episódios da primeira parte da sexta — e última — temporada de The Crown já estão disponíveis na Netflix desde a última quinta-feira, 16, finalizando assim a longa espera dos fãs. Ainda não é, porém, o fim da produção: a segunda metade da temporada, que terá seis episódios, será liberada na plataforma de streaming no dia 14 de dezembro.

Assim, a série irá encerrar após sete anos de duração, que cobriram os eventos que envolvem a família real britânica desde 1947, quando a rainha Elizabeth II se casou com o príncipe Philip, até o início dos anos 2000. 

Esses episódios finais, em particular, se passam entre 1997 e 2005, cobrindo, portanto, a morte da princesa Diana. Ela faleceu devido aos ferimentos de um grave acidente de carro sofrido em Paris durante uma fuga de paparazzi em alta velocidade. 

Ao lado dela, morreram também o empresário egípcio Dodi Al-Fayed, que era seu namorado, e o motorista do automóvel, Henri Paul. O relacionamento intenso de Lady Di com Dodi, assim como a tragédia que colocou fim às vidas de ambos, são alguns dos acontecimentos que mais chamam atenção dos espectadores na reta final de The Crown. 

Cena de The Crown / Crédito: Divulgação/ Netflix 

Outra figura curiosa que ganha destaque no enredo da produção é Mohamed Al-Fayed, o pai de Dodi. Abaixo, entenda melhor quem foi o empresário na vida real! 

Informações gerais 

O egípcio Mohamed Al-Fayed conseguiu sua fortuna graças a uma variedade de empreendimentos bem-sucedidos no ramo de imóveis, possibilitando que construísse um verdadeiro império imobiliário no Oriente Médio e no mundo.

Ele se mudou para o Reino Unido nos anos 70, quando já era dono de uma grande fortuna. Seu filho primogênito, que acabaria namorando Diana, foi fruto do primeiro casamento, enquanto os outros quatro vieram de sua segunda união e nasceram já em solo britânico. 

Um detalhe curioso é que, apesar de ter passado várias décadas na Inglaterra, Mohamed nunca chegou a conseguir a cidadania britânica, sofrendo diversas recusas. Conforme repercutiu a BBC, é possível que o motivo para isso seja que o homem, por vezes, tentou interferir no governo inglês. 

Em 1999, após ter um de seus pedidos por cidadania recusados, ele disse ao The Guardian: 

Está tudo bem, não há problema, não estou desesperado, não vou deixar o país, estou aqui para sempre – eu vou ficar". 

Residência de Windsor 

Em 1986, Mohamed Al-Fayed adquiriu residência onde viveram Edward VIII e a socialite Wallis Simpson (o duque e a duquesa de Windsor) através de um contrato de arrendamento. 

O Mohamed Al-Fayed da vida real /Crédito: Getty Images

Ele renovou o local para poder residir. Em entrevista à People, ele revelou como gostava de viver no mesmo local que o casal esteve em vida: 

É como um mausoléu. Às vezes dá arrepios – ambos morreram aqui. Mas ainda é um lugar feliz, uma grande fantasia na qual adoro viver".

Já em outra entrevista, essa ao Yahoo News, o empresário ainda comentou sobre como a casa era uma "herança da Grã-Bretanha", que ele considerava como sua "segunda casa".

Teoria conspiratória 

Após a morte de Lady Di e Dodi Al-Fayed, Mohamed defendeu publicamente em diversas ocasiões que o episódio não fora simplesmente um acidente, e sim um fruto de alguma "conspiração", conforme repercutiu o portal Harpers Bazaar. 

Acredito em meu coração com 99,9% de certeza que não foi um acidente. Aquele carro não bateu acidentalmente. Houve uma conspiração. Não descansarei até ter estabelecido exatamente o que aconteceu", afirmou ao The Mirror em 1998, um ano após a tragédia. 

Vale destacar que o inquérito policial realizado pela polícia a respeito do ocorrido parisiense concluiu simplesmente que a batida do carro foi resultado da direção perigosa do motorista, que estava alcoolizado, e dos paparazzi que os perseguiam. 

Por fim, o magnata egípcio cumpriu a promessa de viver na Inglaterra para sempre: ele morreu na cidade de Londres em agosto de 2023, aos 94 anos e de 'forma tranquila'.

"Ele aproveitou uma aposentadoria longa e plena, rodeado pelas pessoas amadas. A família pede que sua privacidade seja respeitada nesse momento", detalhou um comunicado emitido por familiares em setembro.