Última temporada de The Crown retratará o trágico acidente de carro que matou a princesa Diana em 1997
Após cinco temporadas de sucesso, The Crown, série da Netflix que retrata o reinado de Elizabeth II, chega ao fim. Nesta quinta-feira, 16, foi adicionado ao catálogo da plataforma de streaming a primeira parte da etapa final da produção que conquistou prêmios relevantes e a crítica internacional.
Os primeiros episódios da última etapa vão resgatar um momento crítico vivido pela monarquia britânica: o trágico acidente de carro que matou a princesa Diana, ex-esposa do então príncipe Charles e mãe de seus filhos, os príncipes William e Harry.
Em 1997, Diana se encontrava em Paris, ao lado do namorado, Dodi al Fayed, quando o carro que a transportava colidiu num túnel da capital francesa. O episódio representou um grande obstáculo para a monarquia, que precisou lidar com o luto de uma nação.
O que muitos não sabem, entretanto, é o então príncipe Charles fora interrogado após a morte trágica de Lady Di. Na época, existiram alegações de que o herdeiro do trono teria planejado a morte da ex-esposa, repercutiu o Daily Mail.
O episódio acabou destacado durante a Operação Paget, que se estendeu por três anos e teve a liderança de Lord Stevens, que mergulhou na morte da princesa Diana. Ocorrida em dezembro de 2005, detalhes foram revelados em 2021.
Na ocasião, o filho da rainha Elizabeth II foi questionado por autoridades a respeito de um bilhete escrito por Diana em outubro de 1995, ou seja, dois anos antes de sua brutal morte.
No bilhete, ela falava que o ex-marido planejava um acidente com o seu automóvel. Ela especulou que a intenção de Charles seria se casar com Tiggy Legge-Bourke, ex-babá de William e Harry.
No bilhete, a princesa do povo afirma que tenta se manter forte, mas que precisa de alguém que a ajude a manter a cabeça erguida. Diana descreveu o período como 'mais perigoso'.
"Estou sentada aqui em minha mesa hoje em outubro, desejando que alguém me abrace e me encoraje a me manter forte e manter minha cabeça erguida. Esta fase particular da minha vida é a mais perigosa — meu marido está planejando um acidente no meu carro. Falha no freio e sério ferimento na cabeça para deixar o caminho livre para ele se casar com Tiggy. Camilla nada mais é do que um engodo, por isso estamos sendo usados pelo homem em todos os sentidos da palavra", escreveu Diana.
Naquela época, Lord Stevens afirmou que ele e sua equipe não sabiam o que motivou a preocupação de Diana em relação a sua segurança. Charles, então, foi interrogado como testemunha, e não como suspeito, como muitos imaginam.
Ao conversar com Stevens e um detetive sênior, ele disse que não sabe o que motivou a ex-esposa a escrever o bilhete, que foi lido para o príncipe em voz alta. Apenas o herdeiro do trono e o secretário particular tinham conhecimento do interrogatório. O objetivo era evitar especulações, repercute o UOL notícias.
"Eu não sabia nada sobre [o bilhete de Diana] até que ele ser publicado na mídia", desabafou Charles. "Você não discutiu este bilhete com ela, senhor?", perguntou Stevens. "Não, eu não sabia que existia", rebateu os pais dos filhos da princesa Diana.
Stevens, em 2021, afirmou que tem uma teoria sobre o que motivou o medo de Diana em relação a sua segurança. Na visão dele, Martin Bashir, ex-jornalista responsável pela bombástica entrevista da nobre em rede nacional, teria deixado Diana paranoica em um momento vulnerável. A intenção era conseguir revelações da nobre sobre a vida com a família real e o seu turbulento casamento com Charles.
"Se houvesse uma alegação de que Bashir havia apresentado documentos supostamente falsos para a princesa Diana, o que é um crime, teríamos investigado. Meu Deus, teríamos feito. Mas isso só saiu recentemente, o que é lamentável", disse ele ao Daily Mail.
Lord Stevens também explicou que: "Não sabemos o que Bashir estava dizendo a Diana. Mas, se ele colocou em sua mente os temores que a levaram a escrever aquele bilhete, então foi isso que nos levou a entrevistar Charles. Quando assistimos à entrevista no início da investigação, não passou pela nossa cabeça que Bashir pudesse ter feito algo fraudulento. (...) Não houve nada dito na entrevista que não soubéssemos até então. O que não sabíamos, é claro, era como Bashir conseguira isso".
