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Matérias / Personagem

Tutmés III: o rei egípcio que deu certo

Com um governo longevo e quase perfeito, o herdeiro de Hatexepsute fez construções notáveis e liderou batalhas de sucesso

Wallacy Ferrari Publicado em 03/03/2020, às 07h00

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Estátua de Tutmés III no Museu de Luxor, no Egito - Wikimedia Commons
Estátua de Tutmés III no Museu de Luxor, no Egito - Wikimedia Commons

Filho de uma relação bastarda de Tutmés II com uma cocumbina chamada Isis, Tutmés III foi o único filho homem do faraó, sendo desde cedo, designado para comandar a décima oitava dinastia egípcia, da época do Império Novo. Por ser muito novo no falecimento de seu pai, Hatexepsute, que era sua tia e casada com Tutmés II, foi designada para o reinado.

Hatexepsute fez questão de que o pequeno Tutmés III recebesse uma criação com instruções militares para replicar quando fosse maduro, inclusive liderando uma expedição militar em terras estrangeiras. Aproveitou também para trabalhar suas “relações internacionais”; teve companheiras estrangeiras que serviram para melhorar a diplomacia com príncipes sírios e cananeus.

Visto que a posição de rei só poderia ser ocupada por um homem, quando assumiu a posto, Tutmés determinou que todas as estátuas e placas com referências de Hatexepsute fossem destruídas, para que não houvesse mais figuras de liderança feminina e por desapreço ao mesmo durante a adolescência. Substituiu as referências por escrituras reverenciando seu pai, seu avô ou seu próprio nome.

Com mais de 30 anos no poder, Tutmés III se associou a figura do deus Amon e se notabilizou pelas campanhas militares de sucesso que realizou na região da Síria e Palestina, expandindo o domínio do Egito até ao rio Eufrates. Os registros das expedições foram encontrados em hieróglifos nas paredes de um santuário em Karnak.

No comando da dinastia, conseguiu obter grandes quantias monetárias graças aos impostos cobrados pelos povos submetidos, além de saques de guerra e obtenção de ouro proveniente da região da Núbia. Com essa receita, conseguiu pôr em prática uma de suas principais características de governar: a intensa atividade construtora.

Levantou o Templo de Amon em Karnak, façanha ilustre principalmente por seus dois obeliscos, que posteriormente foram deslocados para Roma e Istambul. O templo de Rá recebeu dois obeliscos, hoje localizados no Central Park, em Nova York, e no rio Tâmisa, em Londres. Seus obeliscos representaram, no decorrer de seu longo reinado, uma demonstração de poder muito eficiente.

Templo de Karnak construído por Tutmés III - Créditos: New York Public Library

Prezando também pelo convívio, criou um espaço a leste do grande templo de Karnak que abrigava o chamado Akh-menu, considerado um dos primeiros registros históricos de um salão dedicado unicamente a festas e celebrações.  Composto de blocos de arenito, o local recebia a festa Heb-Sed, comemoração feita para celebrar um reinado longevo.

Antes de morrer, seu filho Amenófis II foi treinado para ocupar o cargo do pai, de maneira que prosseguisse a exercer suas funções administrativas na cobrança de tributos e orientação em batalhas. Tutmés III foi enterrado no Vale dos Reis, onde ordenou a construção de seu templo ao lado do túmulo de sua madrasta Hatexepsute, porém, com mais simplicidade.


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