Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Cidade Invisível

Vitória-Régia: A marcante lenda que ficou de fora de Cidade Invisível

A origem mítica da curiosa flor flutuante da Amazônia não foi retratada na série 'Cidade Invisível'

Redação Publicado em 25/03/2023, às 08h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Vitória-Régia (à esqu.) e imagem da série 'Cidade Invisível' - Pixabay e Divulgação/ Youtube/ Netflix
Vitória-Régia (à esqu.) e imagem da série 'Cidade Invisível' - Pixabay e Divulgação/ Youtube/ Netflix

A segunda temporada de Cidade Invisível chegou à Netflix na última quarta-feira, 22, com mais uma trama instigante, desta vez sendo ambientada em Belém, no Pará, dois anos após a história original. 

A premissa dos cinco episódios é que o protagonista, Eric, acorda em um templo em uma situação em que é "protegido por indígenas e procurado por garimpeiros ilegais", de acordo com a sinopse da plataforma de streaming. 

Vale lembrar que a primeira temporada do suspense policial brasileiro chegou ao Top 10 das produções mais assistidas por assinantes da Netflix de mais de 40 países, de forma que seu sucesso estrondoso foi tanto nacional quanto internacional. 

Em seu novo enredo, Cidade Invisível aproveita para explorar ainda mais lendas folclóricas, como da Mula Sem Cabeça, Menino Lobo, Boiuna e Matinta Perê. Um mito que ainda não foi retratado na produção, todavia, é da criação da vitória-régia, uma enorme planta aquática flutuante típica da Amazônia. 

Fotografia de vitórias-régias / Crédito: Domínio Público

Lenda 

De acordo com a lenda indígena que busca explicar a origem desta flor, tudo começou com uma jovem nativa chamada Naiá que acaba se enamorando pela Lua. 

Após ouvir histórias do pajé sobre como Jaci — nome dado por eles ao corpo celeste — é um homem atraente que, de vez em quando, desce à terra para buscar uma moça virgem a fim de transformá-la em estrela, Naiá decide que quer ser a próxima escolhida para decorar o céu noturno junto de seu amado. 

Outro detalhe é que, devido à sua grande beleza, a indígena é frequentemente cortejada por guerreiros de sua tribo, porém sempre recusa todos: seu coração pertence somente a Jaci

Ela passava todas as noites admirando o astro brilhante, e, quando a manhã chegava, corria na direção em que a Lua descia no céu para tentar alcançá-lo. Jaci, porém, não parecia estar interessado na moça, já que nunca vinha buscá-la. Assim, de tanto ser ignorada, Naiá teria ficado doente de amor.

Isso continua até que, um dia, a nativa acaba vendo o reflexo do corpo celeste no rio Igarapé, que corta a floresta amazônica, ao que pensa estar frente a frente com seu amado. Ela então pula dentro d'água e acaba se afogando. 

Ainda segundo a lenda, a morte trágica de Naiá acaba por comover Jaci, que decide compensá-la por sua dedicação e posterior sacrifício. Ele a transforma na vitória-régia, uma flor que apenas abre suas pétalas durante a noite, como se quisesse contemplar o luar.