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Lucy caiu da árvore

Nossa descida das árvores foi um tombo

Fabio Marton Publicado em 22/10/2016, às 09h33 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h35

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 Um Australopithecus afarensis - divulg.
Um Australopithecus afarensis - divulg.
Ela é uma celebridade da Pré (e põe “Pré” nisso) História. Lucy, descoberta em 1974, foi batizada assim porque os antropólogos que a descobriram ouviam sem parar Lucy in the Sky with Diamonds, dos Beatles. É um dos esqueletos mais completos do Australopithecus afarensis, um dos ancestrais humanos, e viveu há 3,2 milhões de anos na Etiópia. 
Os ossos de Lucy ensinaram muito sobre nossa evolução – e continuam a ensinar. O antropólogo John Kapelman, da Universidade do Texas, fez um estudo com tomografia computadorizada no esqueleto e descobriu como ela morreu. As múltiplas fraturas indicam que ela caiu de uma altura de 12 metros ou mais, atingindo o solo com os pés a 56 km/h e tentando parar a queda com as mãos. Com isso, ela quebrou a pélvis, o tornozelo, o joelho e uma costela, morrendo pouco depois.
Um dos debates a respeito de australopitecos como Lucy é se eles ainda subiam em árvores ou já haviam adotado um modo como o nosso, totalmente terrestre. A descoberta indica que, sim, subiam, ainda que cada dia mais desastradamente. “É irônico que o fóssil no centro do debate do papel do arborealismo na evolução humana provavelmente morreu de ferimentos sofridos na queda de uma árvore”, afirma Kappelman. Ele acredita que os australopitecos viviam principalmente em terra, mas usavam as árvores como refúgio noturno ou talvez também atrás de frutas.