Imagens de faselo (Limosa lapponica) - Reprodução / Vídeo
Guiness

Ave bate recorde e entra para o Guinness depois de voar do Alasca à Austrália

A ave não fez nenhuma pausa ao percorrer 13,5 mil quilômetros, entrando para o Guinness

Redação Publicado em 06/01/2023, às 15h05

Uma ave fuselo (Limosa lapponica) de apenas 5 meses entrou para o Guinness World Records por voar 13,5 mil quilômetros sem nenhuma pausa para descansar ou se alimentar. A ave voou do Alasca à Austrália sobrevoando o Oceano Pacífico e numerosas ilhas.

A ave bateu o recorde durante um voo migratório, algo comum entre os pássaros ao irem em busca de alimentos em fontes confiáveis para assim iniciarem suas famílias e ou para sobreviverem à mudança das estações.

A viagem durou 11 dias e teve seu início em 13 de outubro de 2022. O percurso do animal foi monitorado por uma etiqueta de satélite 5G anexada à parte inferior de suas costas. 

Esses pássaros passam várias semanas sobrevoando oceanos e continentes e esse fuselo percorreu, do Alasca à Austrália, 13.560 quilômetros. A ave sobrevoou o Oceano Pacífico e numerosas ilhas, incluindo Nova Caledônia e Vanuatu. Com isso, ela quebrou o recorde de maior tempo sem escalas de migração por um pássaro.

Longas viagens 

Como repercutido pela revista Galileu, "a maratona" do animal deve-se também ao fato de que um pouso errado pode significar a sua morte. 

“Os cagarros e as pardelas podem pousar na água e alimentar-se. Se um fuselo pousar na água, está morto. Não tem correia nos pés, não tem como sair. Então, se ele cair na superfície do oceano por exaustão, ou se o mau tempo o forçar a pousar, é o fim”, disse Eric Woehler, organizador da Birdlife Tasmânia, na Austrália, ao Guinness.

Fuselos não são a única espécie de viajantes de longos percursos. Ao longo de um ano, as andorinhas-do-Ártico (Sterna paradisaea) podem voar regularmente distâncias ainda maiores, sendo capazes de percorrer até 80 mil km, o que torna essa a mais longa migração geral de aves. Diferentemente dos fuselos, no entanto, elas podem pousar durante suas viagens. 

A distância percorrida pelo fuselo equivale a duas viagens e meia entre Londres e Nova York, ou a um terço da circunferência total do planeta, aproximadamente. Esses animais possuem a capacidade de alterar drasticamente seus corpos e metabolismo para se adaptar e conseguir viver em algumas regiões atendendo às condições ambientais.

Com esse voo recorde, o que esperam os especialistas é que seja destacada a importância de atender melhor as migrações desses animais, suas estratégias de navegação, e o que pode ser feito para preservar os ambientes onde elas param para se alimentar. 

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