Cena da peça 'A Vedete do Brasil' - Divulgação
Virginia Lane

Com espetáculo sobre Virginia Lane, Cacau Hygino relembra vedete: 'Se sentia uma carta fora do baralho'

Espetáculo no Rio de Janeiro resgata a trajetória de Virginia Lane, ícone do treatro brasileiro

Thiago Lincolins Publicado em 22/11/2023, às 17h10

No final do mês, o Teatro Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, recebe o espetáculo 'A vedete do Brasil. O ator e autor Cacau Hygino estreia a peça ao lado de Renata Mizhari a respeito de um dos nomes mais icônicos do teatro brasileiro: Virginia Lane. 

Durante participação no “SerArtistaPodcast”, de Marcus Montenegro, que será exibido nesta quarta-feira, às 20h, Hygino explica que buscou falar da relação íntima da vedete. 

"Não busquei falar a biografia da Virgínia e sim da relação dela, com a filha adotiva Marta, deixada por um caseiro e foi uma mãe superprotetora, não deixando a filha fazer algumas coisas que ela fazia, tipo usar saia curta", explicou ele durante a entrevista.

Os depoimentos de Virginia Lane também foram importantes para Cacau pensando no espetáculo. 

"Tive que ler muitos depoimentos da Virgínia e um deles era já pensando no futuro e pelo massacre em ser mulher, sendo taxada de vulgar, put* e ordinária, e muitos outros que feriam a integridade de uma mulher. Ela se defendia dizendo ser sido criada com princípios e religião, dois pilares importantes. Mas se sentia uma carta fora do baralho com tantas injustiças e adoecia", explicou ele.

A vedete do Brasil

Na peça, Suely Franco vive a vedete. Nascida em fevereiro de 1920, Virgínia Giacone se tornou um ícone. Além de brilhar no teatro, também tinha talento para a música. Sua carreira conta com filmes como “Alô, Alô, Carnaval”, “Está Tudo Aí”, “Banana da Terra”, “Céu Azul”, “Entra na Farra”, “Laranja da China” e “Samba em Berlim”.

Nome marcante no teatro de revista brasileiro, recebeu do próprio Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, o título 'A Vedete do Brasil'. Sua trajetória também foi marcada por afirmar que teve um relacionamento duradouro com Vargas. 

Teve uma intensa carreira cinematográfica e virou um dos maiores ícones do teatro de revista brasileiro, ao receber o título de ‘A Vedete do Brasil’ pelas mãos de Getúlio Vargas, com quem afirmava ter mantido um relacionamento por mais de dez anos.

Agora, sua saga é resgatada no musical que mostra a mulher por trás do ícone e o preconceito que encarou em vida com figurinos destemidos e repertório livre, com marchinhas marcadas por conotação sexual. De 30 de novembro a 28 de janeiro, 'A vedete do Brasil' poderá ser conferido quinta, sexta e sábado às 19h30; domingo às 18h00. 

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