O explorador profundas Paul-Henri Nargeolet e um retrato do Titanic original - Reprodução / Vídeo e Domínio Público
Submarino

‘Doutor Titanic’: França homenageia explorador que morreu em submarino

O explorador recebeu apelido após realizar mais de 30 viagens até o local do naufrágio

Redação Publicado em 23/06/2023, às 14h58 - Atualizado às 15h07

O explorador francês de águas profundas Paul-Henri Nargeolet, conhecido como "Doutor Titanic", recebeu as primeiras homenagens nesta sexta-feira, 23, após sua morte durante uma tentativa de visita aos destroços do lendário navio. Aos 77 anos, o renomado cientista era o homenageado de uma exposição em Paris, onde sua presença era aguardada.

Apelidado de "Doutor Titanic" devido às mais de 30 expedições que realizou à área, segundo a Folha de S. Paulo, o oceanógrafo francês desempenhou um papel fundamental nas primeiras missões que trouxeram à tona os primeiros artefatos do naufrágio, após sua descoberta em 1985.

Sua participação na inauguração de uma exposição dedicada ao navio, prevista para o dia 18 de julho, na Porte de Versailles, em Paris, era bastante esperada. O evento apresentaria diversas relíquias do icônico naufrágio. Em 2022, em comemoração ao 110º aniversário do desastre, Nargeolet publicou o livro "Dans les profondeurs du Titanic" (Nas profundezas do Titanic, em português), pela editora HarperCollins France.

Nesta sexta-feira, a editora também prestou homenagens ao escritor. Emmanuelle Bucco-Cancès, gerente da editora, expressou profunda tristeza com a morte de Paul-Henri no mar, junto com os outros quatro membros da expedição. Ela ressaltou que ele será lembrado como um homem apaixonado, caloroso e profundamente gentil, além de um incrível contador de histórias.

Carreira de sucesso

Nascido em Haute-Savoie, região no leste da França próxima à fronteira com a Suíça, Nargeolet iniciou sua carreira como oficial da marinha e, posteriormente, se tornou comandante do grupo de mergulhadores de Cherbourg. Sua trajetória de destaque incluiu a posição de piloto de submarino no Grupo de Intervenção Submarina da Marinha Francesa.

Em 1986, sua carreira deu uma reviravolta quando assumiu o cargo de chefe de submarinos de intervenção em águas profundas no Instituto Francês de Pesquisa para Exploração do Mar (Ifremer). Um ano antes, em colaboração com o Ifremer, uma equipe liderada pelo cientista norte-americano Robert Ballard encontrou os destroços do Titanic, marcando um marco histórico na exploração submarina.

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