Na Rússia, civis fogem da possibilidade de convocação para guerra e territórios dominados podem ser anexados
Redação Publicado em 27/09/2022, às 14h29
Nesta terça-feira, 27, o governo de Vladimir Putin completa todos os referendos necessários para a anexação de quatro das regiões invadidas no território ucraniano. No entanto, ao passo em que alguns territórios podem ser finalmente absorvidos, a Rússia vem sofrendo com uma contraofensiva da Ucrânia, em que Kiev vem conseguindo recuperar terreno.
Além do mais, devido à contraofensiva — que só vem sendo eficaz devido à queda no número de tropas russas —, Putin decidiu mobilizar até 300 mil reservistas, o que vem emplacando em outro problema: uma crise doméstica, com a população russa fugindo do país para escapar da convocação para a guerra.
Para exemplificar o movimento de êxodo russo, o governo aliado de Moscou no Cazaquistão atestou que 98 mil russos já cruzaram as fronteiras entre os países; ou então a Geórgia, cujo Ministério do Interior passou a receber cerca de 10 mil russos por dia — número este que era de 5 a 6 mil, antes da crise, segundo a Folha de S. Paulo.
O alto número de civis russos saindo do país é justificável pela imprevisibilidade de quem deve ser convocado ou não a participar do conflito no território ucraniano, visto que, enquanto o governo estipulava um limite de 35 anos como reservista para o chamado, algumas pessoas com mais que isso estão sendo convocadas, sem contar outras com problemas de saúde.
Apesar disso, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, alegou que a ideia de se fechar as fronteiras russas não estava sendo considerada — embora também não fosse descartada. Já o Ministério de Defesa, buscando acalmar a população, afirmou que não irá buscar retorno forçado dos civis que já fugiram para outros países.
A invasão russa à Ucrânia é justificada por Putin como uma medida de prevenção da dominação ocidental ao território que lhe pertence — visto que Putin considera parte dos territórios ucranianos como, na verdade, pertencentes à Rússia. Por isso, então, que essas regiões foram tomadas por Moscou.
Logo, a anexação oficial dos territórios dominados poderá ocorrer na próxima sexta-feira, 30, já que há, também, a expectativa de um discurso de Putin às duas Casas do Parlamento.
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