Além da menção bíblica, outros relatos antigos também descrevem a abadia. No entanto, nenhuma evidência material havia sido revelada
Vinícius Buono Publicado em 01/08/2019, às 08h00
Citada diversas vezes em textos antigos, a Igreja dos Apóstolos era motivo de debate entre os historiadores. No entanto, arqueólogos podem ter encontrado o sítio arqueológico de el-Araj (ou Beit Habek), ao norte do Mar da Galileia.
Segundo o evangelho de João, a igreja teria sido construída num vilarejo de pescadores, sobre a residência onde nasceram os apóstolos Pedro e André. Eles foram dois dos primeiros seguidores de Jesus Cristo. São Pedro é, até hoje, venerado como fundador da Igreja Católica e seu primeiro Papa.
Apesar das inúmeras e antigas menções à igreja, nenhuma evidência física de sua existência tinha sido encontrada até hoje. Agora, uma equipe de arqueólogos israelenses encontrou fragmentos dourados de mosaicos e até uma parede para coral que, segundo os especialistas, costumava ser adornada.
Anteriormente, os pesquisadores encontraram evidências de que ali era, de fato, a localização de Betsaida, o vilarejo de pescadores de onde os apóstolos eram naturais. Os escombros da igreja foram encontrados próximos, corroborando o que escreveu o historiador Flávio Josefo, ainda no século 1 d.C. A igreja bizantina também teria sido referenciada por um bispo bávaro do século 8.
Apesar de ainda não ser certeza absoluta, os cientistas estão confiantes de que a igreja é, de fato, a dos Apóstolos. Aproximadamente um terço foi escavado, e, agora, está sendo procurada uma inscrição. Eles estão confiantes de que a abadia fazia parte de um complexo monástico.
Se fosse encontrada, essa inscrição, típica dos templos bizantinos, revelaria em homenagem a quem a igreja foi construída e seria a comprovação (ou não) das suspeitas dos pesquisadores.
Outro sítio arqueológico, o de e-Tell, a cerca de dois quilômetros dali, já tinha sido apontado como possível localização para o antigo templo. Desde 1987, escavações no local descobriram fortificações da época do século 9 a.C, além de casas e apetrechos de pescadores e um templo, todos da época do Império Romano.
O vilarejo onde os dois apóstolos nasceram teria progredido, posteriormente, para uma polis. O local também foi, segundo a Bíblia, onde Jesus curou um cego e, perto dali, também, teria sido onde ele realizou o famoso milagre da multiplicação de pães e peixes, alimentando cerca de 5 mil pessoas.
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