Estranha bola de fogo no céu da Europa assusta pessoas; astrônomos explicam

Na noite da última quarta-feira, 14, por volta das 22h, uma estranha bola de fogo foi vista cruzando o céu por diversas pessoas em alguns países da Europa. Porém, o que muitos pensavam se tratar de um meteorito, ou uma estrela cadente, na verdade era provavelmente lixo espacial do programa de satélites da SpaceX, empresa de Elon Musk.

A Rede Meteorológica do Reino Unido alegou que a bola de fogo ficou visível por cerca de 20 segundos no céu, logo após as 22h. Ao todo, quase 800 relatórios foram recebidos pela agência, de países como Escócia, Irlanda do Norte e o norte da Inglaterra, como informado pelo The Guardian.

Após o ocorrido, diversos vídeos da bola de fogo cortando o céu foram publicados em redes sociais, chocando diversos internautas. Um em específico mostra o objeto sobrevoando o céu noturno de Paisley, cidade a oeste de Glasgow, na Escócia; confira:

Explicação e relatos

John Maclean, um astrônomo da Rede Meteorológica do Reino Unido, afirma que provavelmente era lixo espacial porque estava viajando muito devagar para ser meteoro. "O que estamos vendo no momento é um satélite Starlink, que na verdade foi devido à deorbitação ou reentrada na atmosfera hoje, mas é possível que tenha deorbitado um pouco mais cedo", explica.

A trajetória foi de sul para norte. Foi notado pela primeira vez quando ia do norte da Inglaterra. Provavelmente só queimou na atmosfera. Mas se algum deles aterrissou, teria sido no Atlântico, perto das Hébridas", acrescenta o astrônomo. Confira um mapa mostrando locais de relatos e trajetória da bola de fogo, publicado no Twitter da UK Meteor Network:

Por fim, o pesquisador disse que os satélites da Starlink, projeto da SpaceX, empresa de Elon Musk, "desorbitam com bastante regularidade, porque eles só têm uma vida útil finita no espaço". Com isso, "provavelmente veremos mais dessas bolas de fogo, dado o número de satélites que Musk e outros, incluindo a Amazon, estão colocando", acrescenta.

Em breve, um em cada cinco objetos que você vê no céu noturno pode ser um satélite, o que causará grandes problemas para os astrônomos", finaliza Maclean.