Lagarta Lonomia obliqua, popularmente conhecida por taturana de fogo - Divulgação/Comunicação Butantan
Taturana

Estudo inédito mostra que veneno de taturana pode combater doenças degenerativas

Pesquisa realizada pelo instituto Butantan pode ajudar no desenvolvimento de novos medicamentos

Redação Publicado em 13/02/2023, às 17h20

Em pesquisa inédita desenvolvida pelo instituto Butantan, especialistas afirmaram, em matéria publicada na revista Frontiers in Molecular Biosciences, nesta segunda-feira, 13, que identificaram duas proteínas no veneno da taturana de fogo com potencial para combater doenças degenerativas. As descobertas são importantes para desenvolver futuros medicamentos para a cicatrização e regeneração. 

Segundo informações do jornal O Globo, os estudos partiram da análise dos peptídeos rLosac e rLopap, que fazem parte do processo evolutivo da lagarta de espécie Lonomia obliqua. Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, diretora de Inovação do Butantan, explicou, em nota:

Descobrimos que as proteínas impedem a morte celular. Losac, além de ativar o fator X da coagulação sanguínea, tem uma função neuroprotetora, enquanto Lopap, que ativa a protrombina, também induz a produção de moléculas de matriz extracelular, como colágeno e fibronectina, relacionados à regeneração".

Estudos 

A equipe também declarou que, durante os estudos, as proteínas foram testadas em diferentes culturas de células e alguns modelos em animais, a fim de observarem como funcionava o processo de cicatrização de algumas feridas. 

Em modelos de células envolvidas em processo articular e de células que compõem os tecidos, como a pele, por exemplo, nós observamos o potencial regenerativo desses peptídeos, que foram capazes de regular genes envolvidos neste processo, bem como induzir a expressão de proteínas específicas", completou Ana Marisa.

Em um primeiro momento, a abordagem inicial será voltada para os dermocosméticos e para o uso tópico, como, por exemplo, em casos de queimaduras, úlceras e feridas.

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