Para Marion McGarry, existem claras semelhanças entre o romance de Bram Stoker e o surto de cólera na Irlanda do século 19
Pamela Malva Publicado em 10/08/2020, às 11h14
Publicado em 1897, o clássico Drácula, de Bram Stoker, foi um divisor de águas para o universo literário do sobrenatural. Segundo o historiador Marion McGarry, no entanto, o livro conta uma história um pouco diferente da que conhecemos: um surto de cólera.
Inspirado pela segunda onda epidêmica da doença, a obra de Stoker, de acordo com o especialista, teria feito diversas relações entre o mais temido vampiro do mundo e a disseminação da cólera em Sligo, na Irlanda, entre 1829 e 1837.
Membro do grupo Sligo Stoker Society, Marion McGarry fez longas e minuciosas pesquisas nas obras do autor, a fim de encontrar o real contexto do livro. Nesse sentido, tudo teria começado com Charlotte Thornley, uma sobrevivente da epidemia.
Ainda no século 19, o filho da jovem, Bram Stoker, começou um trabalho investigativo sobre o surto de cólera. Ao site Atlas Obscura, Marion explicou que o autor teria reunido e se aproveitado de “memórias da epidemia” aliadas à uma “pesquisa histórica própria”.
Dessa forma, ao final dos estudos, Stoker criou um retrato da sociedade na época, através de Drácula — que caminha morto, mas consciente, assim como as vítimas da doença, que foram enterradas vivas. Tão efetiva quanto o vampiro — que matava com rapidez —, portanto, a cólera se espalhou “de navio e viajou por terra como uma névoa”.
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