Imagem ilustrativa de Marte - Foto de Aynur_zakirov, via Pixabay
Ciência

Inteligência artificial é criada por cientistas para encontrar sinais de vida em Marte

O método tecnológico criado pode distinguir amostras biológicas de origem abiótica com 90% de precisão

Redação Publicado em 26/09/2023, às 16h54 - Atualizado às 17h00

A busca por vida extraterrestre acaba de ganhar um aliado poderoso: um novo método de inteligência artificial (IA) desenvolvido por cientistas promete abrir portas para responder à eterna pergunta sobre a existência de vida no Universo. Esta ferramenta inovadora tem a capacidade de identificar possíveis sinais de vida em Marte e outros planetas, tanto no passado quanto no presente.

O método, divulgado pelo Laboratório Carnegie de Ciência da Terra e Planetas em Washington, D.C., Estados Unidos, foi apresentado na revista Proceedings of the National Academy of Science e é apelidado de "Santo Graal da astrobiologia".

A equipe de pesquisa, composta por sete cientistas, treinou a IA com 134 amostras ricas em carbono, incluindo aquelas de origem biótica e abiótica. Utilizando técnicas avançadas, como cromatografia gasosa de pirólise e espectrometria de massa, a ferramenta foi capaz de identificar padrões moleculares distintos entre as amostras.

Resultados positivos

Os resultados foram impressionantes, com a IA atingindo uma precisão de 90% na diferenciação entre amostras biológicas modernas e antigas daquelas sem qualquer forma de vida. “Este método analítico de rotina tem o potencial de revolucionar a busca por vida extraterrestre e aprofundar a nossa compreensão da origem e da química da vida mais antiga na Terra”, disse Robert M. Hazen, líder do estudo, em comunicado.

A IA mostrou sucesso na identificação de diversas formas de amostras, incluindo organismos vivos (como conchas, dentes, ossos, insetos e cabelo humano), restos de vida antiga transformados por processos geológicos, produtos químicos laboratoriais purificados (como aminoácidos) e meteoritos ricos em carbono.

Do ponto de vista químico, as diferenças entre amostras bióticas e abióticas estão relacionadas a características como solubilidade em água, pesos moleculares, volatilidade e assim por diante", explica Jim Cleaves, autor principal do estudo, do Laboratório Carnegie de Ciência da Terra e Planetas.

Ajustes da tecnologia

Ele também destaca que, embora a IA precise de alguns ajustes para corresponder aos protocolos do instrumento Sample Analysis at Mars (SAM) do Rover Mars Curiosity, já podemos estar próximos de determinar se Marte abriga moléculas de uma possível biosfera marciana.

Além da capacidade de identificar amostras bióticas e abióticas, essa tecnologia foi treinada para diferenciar amostras bióticas fossilizadas, permitindo a distinção entre folhas recém-arrancadas e plantas que existiram há milhões de anos, de acordo com a Galileu.

A expectativa é que essa técnica possa desvendar muitos outros mistérios, incluindo a origem dos sedimentos de 3,5 bilhões de anos na Austrália Ocidental. Com essa IA avançada, a busca por vida além da Terra ganha um impulso significativo.

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