Josef Fritzl (esq.) e a filha Elisabeth (dir.) - Reprodução / EPA e Arquivo pessoal
Josef Fritzl

Josef Fritzl: Homem que manteve filha em cárcere por 24 anos pode ser solto em breve

Após manter a filha por 24 anos em cativeiro e ter tido 7 filhos com ela, Josef Fritzl foi condenado à prisão perpétua, mas cenário pode mudar

Isabelly de Lima Publicado em 15/01/2024, às 14h09

Josef Fritzl, o austríaco condenado por manter sua filha Elisabeth em cativeiro por 24 anos e ter sete filhos com ela, poderá ser libertado em breve, de acordo com relatos recentes. Aos 88 anos, Fritzl foi condenado à prisão perpétua em 2009 por uma série de crimes chocantes, incluindo incesto, estupro, coerção, cárcere privado e homicídio negligente.

Segundo o NY Post, um relatório psiquiátrico concluiu que Fritzl "não é mais perigoso", abrindo caminho para sua possível liberação condicional este ano. Astrid Wagner, advogada de Fritzl, afirmou estar no processo de obter a liberdade condicional e expressou o desejo de que ele seja encaminhado a um lar para pessoas frágeis.

Heidi Kastner, especialista em psiquiatria forense da Universidade de Linz, elaborou o relatório que sustenta a avaliação de que Fritzl não representa mais uma ameaça pública.

Se o pedido for aprovado, o que presumo que será o caso, gostaria de garantir que ele consiga uma vaga num lar para pessoas frágeis”, disse, segundo o Mirror.

Fritzl, atualmente enfrentando problemas de mobilidade, acredita ser uma estrela pop e mantém conversas imaginárias com a televisão, conforme relatos locais. O recluso notório, que sofreu quedas na prisão e utiliza um andador, levanta questões sobre sua capacidade de reintegração na sociedade.

Crimes brutais

Os crimes brutais de Fritzl foram descobertos em 2008, quando uma das crianças nascidas do abuso foi levada ao hospital. Das sete crianças resultantes dos anos de cativeiro, três permaneceram com Elisabeth, enquanto uma faleceu logo após o nascimento. As outras crianças foram criadas por Fritzl e sua esposa Rosemarie, que acreditava na história fictícia de que as crianças haviam aparecido à sua porta.

Elisabeth, que recebeu um novo nome após o julgamento, vive agora com seus seis filhos sobreviventes em uma comunidade não revelada chamada "Aldeia X" na Áustria. As crianças, que passaram por sessões terapêuticas para superar o trauma, dormem em quartos com portas sempre abertas.

Em 2009, um ano após sua libertação, Elisabeth encontrou o amor com Thomas Wagner, um guarda-costas 23 anos mais jovem. Especialistas destacaram a força do amor como uma força motivadora em sua recuperação. Apesar de ter perdido anos cruciais de sua vida no porão, Elisabeth está determinada a aproveitar cada dia que resta, participando de atividades e reconstruindo sua vida.

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