Imagem ilustrativa de cachorro-quente - FernandoValencia via Pixabay
Ciência

Mais de um terço de crianças americanas acredita que hambúrguer e hot dog são vegetais

Estudo mostrou que os pequenos entre 4 e 7 anos não sabem identificar a origem de alimentos como queijo, nuggets, batata frita e outros

Isabela Barreiros Publicado em 16/11/2021, às 14h09

Uma pesquisa feita por cientistas da Universidade de Furman revelou que mais de um terço das crianças americanas não sabem a procedência de alimentos de origem animal, especialmente carnes ultraprocessadas e embutidos.

O estudo contou com a participação de 176 voluntários que estavam na faixa etária de 4 a 7 anos. Eles são moradores da região metropolitana do sudeste dos Estados Unidos e não são de uma classe social específica, o que diversificou a investigação.

Quando questionadas sobre a origem dos alimentos, a maioria das crianças respondia que os itens eram vegetais, mesmo quando se tratavam de carnes. Em seguida, os pequenos deveriam classificá-los como comestíveis ou não.

Cerca de 30% dos voluntários que contribuíram para a pesquisa afirmaram que produtos como hot dog, nuggets, bacon, camarão, hambúrguer e queijo tinham origem vegetal, sendo derivados de plantas. As informações são da revista Galileu.

Os especialistas ressaltaram que as porcentagens variam entre 36% e 41% quando são tratadas especificamente as carnes. E um alimento ainda chamou a atenção: a batata frita foi classificada como de origem animal por quase metade dos jovens, cerca de 47%.

“Na nossa amostra, crianças de 4 e 5 anos falharam consistentemente em identificar com precisão a procedência de alimentos de origem animal”, escreveram os cientistas no artigo.

Eles apontam que a situação pode ser explicada pelo fato de crianças não estarem expostas ao cultivo dos alimentos e ainda por, muitas vezes, os pais não conversarem com os filhos sobre como os produtos, principalmente animais, são obtidos.

“Os responsáveis podem deliberadamente reter informações sobre o abate de animais em uma tentativa de preservar a inocência das crianças”, explicaram.

Os especialistas destacaram ainda que muitas crianças apontaram não ser aceitável comer animais que são normalmente ingeridos, como vaca, porco, frango, etc. Segundo o artigo “a vaca e o porco foram classificados incorretamente como ‘impróprios para comer’ em um nível maior do que seria previsto”.

“Uma interpretação é que o valor atribuído à vida dos animais começa alto, mas depois diminui à medida que são adquiridas crenças sociais que priorizam humanos e minimizam a posição dos não humanos”, sugerem.

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