Os cálculos vaginais são mais raros que as ‘pedras no rim’. Este caso, no entanto, é ainda mais incomum
Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Pamela Malva Publicado em 03/02/2022, às 21h00
Apresentando dificuldade para engravidar, escape de urina, menstruação irregular e cólicas durante este período, uma mulher foi exemplo de um caso extremamente raro, publicado recentemente na revista científica Urology Case Reports. Após exame, duas ‘pedras’, ou cálculos, em termos médicos, gigantes foram encontrados em sua vagina.
Os médicos responsáveis removeram ambas as pedras e, seis meses após o procedimento, a mulher não teve mais nenhum sintoma. O caso é fundamental para facilitar o estudo da formação de ‘cálculos vaginais’, já que esta costuma ser uma condição silenciosa, com condições de difícil identificação.
Esta paciente em específico, de acordo com o relato do periódico médico e as informações compartilhadas no portal de notícias UOL, já tinha um quadro que dificultou ainda mais a percepção dos cálculos: uma ruptura anterior em sua bexiga.
Essas queixas não eram incômodas, por isso, a paciente não procurou tratamento. Ela também tinha histórico de um acidente de trânsito com ruptura de bexiga, e foi operada aos cinco anos de idade”, explicaram os especialistas.
Porém, os médicos conseguiram identificar que os sintomas não vinham de qualquer outra condição, apontando os dois cálculos, cujas medidas de 3,6 cm x 5 cm e 5 cm x 5,8 cm tornam-os ainda mais raros. Consideradas bastante grandes, uma das ‘pedras’ estava localizada na parede da bexiga, enquanto a outra estava na parede do reto.
Os especialistas acreditam que duas situações podem ter causado este quadro: uma fístula, ou orifício, na região que comunica a uretra, por onde passa a urina, e a vagina, ou uma obstrução na abertura da bexiga. Ambas podem levar ao acúmulo de urina, que causa a formação de cálculos.
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