As próximas expedições lunares da China pretendem fazer o que nenhum outro país fez, como instalar uma estação espacial orbital
Redação Publicado em 05/10/2023, às 15h24
O programa espacial da China estabeleceu metas ambiciosas para o próximo ano. Segundo as autoridades estatais, sua próxima missão lunar almeja trazer para a Terra as primeiras amostras do solo do lado oculto do satélite. Além disso, Pequim também planeja enviar astronautas a Lua e construir uma estação internacional de pesquisa.
Segundo a Administração Espacial Nacional da China (CNSA), os preparativos para a missão Chang’e-6 estão progredindo conforme o planejado. Em um comunicado da última semana, o órgão acrescentou que o satélite retransmissor que acompanhará a expedição será fixado no primeiro semestre de 2024.
Na última segunda-feira, 2, a CNSA também pediu incentivo a outras nações para a expedição lunar não tripulada e adiantou sua missão Chang’e-8, prevista para 2028, em meio ao Congresso Astronáutico Internacional, sediado em Baku, no Azerbaijão.
Conforme repercutido pela CNN Brasil, a missão chinesa de 2028 irá acolher projetos de outros países e organizações, como estipulado por um documento divulgado no portal da CNSA. Isto significa que a China e seus parceiros internacionais poderão trabalhar juntos no lançamento de naves e nas operações realizadas em órbita, além de explorar conjuntamente a superfície lunar.
A espaçonave da missão Chang’e-8 foi planejada para suportar 200 quilogramas de materiais científicos estrangeiros, permitindo que seus parceiros internacionais “peguem carona” na missão e conduzam suas próprias pesquisas, segundo a mídia estatal chinesa.
O governo chinês pretende que suas próximas expedições facilitem a construção de uma estação de pesquisa internacional permanente no polo sul da Lua até 2040. Lembrando que este projeto é essencial para a realização das ambições de Pequim, que busca se tornar uma grande potência espacial.
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