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Matérias / Turismo

Dos spas romanos até a Lua: A linha do tempo do turismo

Desde a Antiguidade, o ato de cruzar fronteiras encanta a humanidade até hoje é uma fonte de renda poderosa

Redação, com adaptação de Isabelly de Lima Publicado em 20/08/2023, às 11h00

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Imagem ilustrativa de mapa com câmera e passaporte - Foto de Pamjpat, via Pixabay
Imagem ilustrativa de mapa com câmera e passaporte - Foto de Pamjpat, via Pixabay

O homem já transitou pelo mundo por várias razões, seja para conquistar, curar se, reverenciar um deus, viver o ócio, descansar ou simplesmente para conhecer outras culturas. Os gregos foram os primeiros a sair de suas cidades, para ver as Olimpíadas.

O ato de cruzar fronteiras encanta tanto o homem que hoje o turismo é a principal fonte de renda de muitos países e começa-se até mesmo a vender passagens para a Lua. A seguir, você acompanha como e por que o homem viajou ao longo da História.

776 a.C.

Os primeiros deslocamentos aconteceram na Grécia Antiga, onde o tempo livre dedica do à cultura, diversão, religião e esportes era muito valorizado. A cada quatro anos, milhares de pessoas se dirigiam à cidade de Olímpia para assistir às Olimpíadas. Havia também as peregrinações religiosas, e muitos gregos iam até Delfos para propor questões aos deuses. A cidade não existe mais.


476 a.C. a 25 a.C.

Os romanos foram o primeiro povo a deslocar se como passatempo, como forma de prazer. O que entendemos por spa hoje foi invenção deles, que adoravam passar horas em banhos públicos. As viagens eram comuns durante a Pax Romana (27 a.C.a 180 d.C.), pois a construção das vias de tráfego se desenvolveu nesse período, marcado pela prosperidade econômica. Assim, alguns cidadãos ricos tinham tempo livre e dinheiro para aproveitá-lo. O Mediterrâneo não tinha piratas e a moeda romana era aceita em todos os lugares.


500 a 1400

As peregrinações religiosas existiram em outras épocas, mas neste período ganham proporções maiores, em número de pessoas e em distâncias. Os cristãos passaram a fazer expedições entre Veneza, na Itália, Jerusalém, em Israel, e também descobriram o Caminho de Santiago de Compostela.

Retratação de Veneza antiga / Crédito: Christine Zenino / Wikimedia Commons

Para os muçulmanos, a peregrinação a Meca é um dos cinco pilares do islamismo, o que os impõe a fazer, ao menos uma vez na vida, viagem ao local. Assim, criaram-se mapas e serviços para atender os peregrinos.


1450 a 1789

A conquista do mundo pelo mar, dominada por espanhóis, ingleses e portugueses, começou a despertar o interesse pelas grandes viagens. Nesse mesmo período, surgem os primeiros alojamentos já com o nome de hotel. As estâncias termais, que caíram em desuso na Idade Média, voltam com força, depois especialmente de se descobrirem os efeitos medicinais da argila. Surgem então locais como Bath, na Inglaterra, que além de lazer também inspiravam as viagens de cura.


Anos 1810

Lord Byron, poeta inglês, parte para uma grande viagem pela Europa em busca de cultura. Ele volta renovado e surpreso com tantas belezas que viu e acaba ganhando fama. Com isso, surge o costume de famílias ricas demandar seus filhos, ao final dos estudos, para uma viagem longa, que poderia durar de três a cinco anos, para conquistar mais conhecimento e cultura, chamada Grand Tour. Foi então que nasceram os termos turismo e turista. E também os primórdios dos intercâmbios.


Revolução industrial

A Revolução Industrial dá o grande fôlego para o crescimento do turismo. A máquina a vapor traz velocidade, os animais são substituídos por trens, com as linhas férreas ligando grandes distâncias, na Europa e nos Estados Unidos. A navegação também ganha velocidade. A Inglaterra é a primeira a oferecer passagens de travessias além mar.

Pintura da Batalha de Waterloo, por William Sadler / Credito: Wikimedia Commons / Domínio Público

Nesse período, surge o costume do souvenir, os famosos brindes de viagem. Após a derrota de Napoleão na Batalha de Waterloo, turistas invadiram o local em busca de lembranças de soldados mortos.


1840 a 1900

Em 1845, acontece a primeira viagem organizada da História. Foi um fracasso! Mas fez de Thomas Cook o pai do turismo, pois com ela descobriu se a grande oportunidade de negócio que essa atividade poderia gerar. Assim, nasceu, em 1851, a primeira agência de viagens, a Thomas Cook and Son. Ele também criou, em 1867, um documento que permitia a utilização em hotéis de serviços contratados em uma agência, conhecido até hoje como voucher.


1914 a 1949

As duas Grandes Guerras paralisaram o desenvolvimento do turismo. Antes de eclodir a Primeira, em 1914, estima se que havia cerca de 150 mil turistas americanos passeando na Europa. Nessa época, a utilização do avião como meio de transporte para passageiros começava a engatinhar. Como final da guerra, ônibus e carros começam a ser fabricados em série. A Segunda Guerra paralisou tudo de vez. O turismo só foi renascer em 1949.


1950 a 1979

Época do boom turístico; a estabilidade social e a recuperação econômica fazem emergir uma classe média interessada em viagens. Com tanta gente colocando o pé na estrada, surge a padronização dos roteiros e destinos e, assim, as grandes operadoras e seus pacotes turísticos. Em 1971, é inaugurado o primeiro parque temático da Disney em Orlando, o que mudou por completo o destino daquela cidade ao sul dos Estados Unidos, e o modo de as famílias viajarem.


1980 até hoje

O turismo é tão forte e importante que se transformou na principal fonte de renda de muitos países. Aviões potentes deixaram o mundo menor e o barateamento dos custos democratizou o ato de viajar. Hotéis vendem experiências e passagens aéreas eventualmente podem ter o mesmo valor do trem ou ônibus. Ao mesmo tempo, começam a ser vendidos pacotes para a Lua. O primeiro comprador foi o japonês Yusaku Maezawa, que, além de muito dinheiro, tem uma boa dose de coragem.