Foto da múmia de uma criança romana-egípcia do período ptolemaico (304 - 30 a.C.) - Divulgação/Mary Harrsch; (CC BY-SA 2.0)
Arqueologia

Múmias de crianças do Egito Antigo tinham problemas de saúde generalizados

7 das 21 múmias infantis analisadas em estudo recente tem traços de doenças que persistem até os dias de hoje

Eduardo Lima, sob supervisão de Ingredi Brunato Publicado em 16/05/2023, às 13h05 - Atualizado em 25/05/2023, às 15h53

Múmias infantis do Egito Antigo expostas em diferentes museus na Europa foram analisadas por pesquisadores e revelaram novas informações sobre as questões de saúde das pessoas que viveram há milênios nas margens do rio Nilo.

As 21 múmias, de crianças que morreram de 1 a 14 anos, passaram por tomografias computadorizadas de corpo inteiro. Elas foram analisadas à procura de sinais de transtornos e doenças, como crescimento anormal dos braços, das pernas e do crânio.

Sete das múmias, ou seja, um terço do total, apresentavam sinais do transtorno sanguíneo conhecido como anemia, o que sugere que essas crianças podem ter sofrido com desnutrição e problemas de crescimento, de acordo com o LiveScience. 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a porcentagem desse grupo de egípcios, porém, é um pouco menor do que a nossa, visto que 40% das crianças abaixo de 5 anos no mundo são afetadas por anemia.

Pesquisa

A pesquisa sobre as múmias, publicada no dia 13 de abril no periódico científico International Journal of Osteoarchaeology, foi realizada com esqueletos em posse de museus europeus. Os espécimes investigados datam desde o terceiro milênio a.C. até período romano do Egito, no século 4 d.C, e são provenientes de diversas partes do Egito.

A anemia é uma deficiência de hemoglobina (glóbulos vermelhos) no sangue, e pode ser causada por diversos fatores, como alimentação ruim, infecções e hereditariedade. As consequências incluem fadiga e cansaço, além de batimentos cardíacos irregulares.

Entre as múmias estudadas, um garoto de um ano mostrava sinais de talassemia, um tipo de anemia que é hereditária, ou seja, transmitida de pai para filho. É importante frisar, como faz a reportagem do site de divulgação científica LiveScience, que a amostra de estudo de 21 múmias infantis não pode representar uma população toda ou um período temporal específico na história do Egito.

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