Com evidências encontradas em caverna milenar em Portugal, foi possível concluir que os ácidos ajudaram o ser humano a ser mais ágil
Wallacy Ferrari Publicado em 31/03/2020, às 09h58
Uma equipe internacional de pesquisadores, com a participação de cientistas da Universidade de Gottingen, chegou a conclusão de que os neandertais tinham uma dieta composta por peixes e frutos do mar há cerca de 80 mil anos e puderam ser favorecidos com melhores poderes cognitivos graças aos ácidos presentes nesse tipo de alimento.
A equipe conseguiu localizar evidências cientificamente comprovadas do consumo de criaturas do mar na caverna de Figueira Brava, em Portugal, onde, após uma escavação, a equipe aplicou um método de análise radiométrica encontrando registros de neandertais entre 86 mil e 106 mil anos, datas que coincidem com o período que começaram a surgir neandertais na Europa.
Com a avaliação, foi possível concluir que os primitivos que viviam na caverna tinham o hábito de comer mexilhões, crustáceos, peixes, aves aquáticas e mamíferos marinhos, como golfinhos e focas. Por serem ricos em ômega-3, ácidos graxos e outras substâncias que promovem melhorias ao sistema nervoso e ao tecido cerebral, o consumo ajudou a acelerar o desenvolvimento do ser humano na região.
Principal autor do estudo, o professor da Universidade de Barcelona, Joao Zilhão, acredita que a descoberta tem uma função significativa na história do desenvolvimento do ser humano: “Se esse consumo comum de recursos marinhos desempenhou um papel importante no desenvolvimento de habilidades cognitivas, foi o que ocorreu em toda a humanidade, incluindo os neandertais, e não apenas na população africana que se espalhou mais tarde”, afirmou em entrevista a Science.
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