artística de Eoneophron infernalis (esq.) e Anzu wyliei (dir.) - Reprodução / Atkins-Weltman et al.
Descoberta

Pesquisador descobre novo dinossauro ao comprar fósseis online para aula

O estudante de doutorado teria comprado fósseis na internet para um projeto de aula e acabou descobrindo uma nova espécie de dinossauro

Isabelly de Lima Publicado em 29/01/2024, às 12h48

Um estudante de doutorado da Oklahoma State University, Kyle Atkins-Weltman, fez uma descoberta notável ao adquirir fósseis online para um projeto de aula. O novo dinossauro, batizado de "Eoneophron infernalis" ou "galinha do inferno do faraó", pertence ao final do período Cretáceo, há cerca de 65,5 milhões de anos, e foi identificado na Formação Hell Creek, Dakota do Sul.

Atkins-Weltman comprou os fósseis por US$ 5.000 em 2020 para um projeto de pesquisa, inicialmente acreditando que pertenciam a Anzu wyliei, conhecida como "galinha do inferno". Contudo, ao escanear os fósseis, percebeu que eram de uma espécie não identificada, levando à descoberta da nova espécie.

Senti meu coração disparar. Eu estava tipo, isso está realmente acontecendo comigo tão cedo na minha carreira?", compartilhou Atkins-Weltman. Após reflexão, ele escolheu o nome "Eoneophron infernalis", derivado do grego "eos", significando "amanhecer", e "Neophron", nome do gênero dos abutres egípcios, também chamados de "galinha do faraó".

Atkins-Weltman, que é autista, explicou que o nome "Faraó" também homenageia seu lagarto monitor do Nilo recentemente falecido, que desempenhou um papel crucial em sua vida como animal de apoio emocional. O novo estudo foi publicado na revista PLOS One em 24 de janeiro, segundo o Live Science.

Familiar “infernal”

A nova espécie é um parente próximo da "galinha do inferno" Anzu wyliei, ambos da família Caenagnathidae, caracterizados por membros longos e bicos desdentados. Enquanto A. wyliei pesava entre 199 kg a 299 kg, E. infernalis tinha cerca de 77 kg.

Além do tamanho, diferenças nos ossos do tornozelo indicam uma adaptação única em E. infernalis, sugerindo uma capacidade aprimorada para lidar com o estresse durante a corrida.

O fóssil será mantido no Carnegie Museum of Natural History em Pittsburgh após a doação de Atkins-Weltman, que ressaltou a problemática da comercialização de fósseis, defendendo que ossos de propriedade privada devem ser acessíveis à ciência.

A descoberta não apenas enriquece o entendimento da diversidade dos dinossauros no final do Cretáceo, mas também indica que o grupo dos caenagnatídeos, ao qual pertence E. infernalis, manteve estabilidade e diversidade em meio às mudanças ocorridas nesse período.

Atkins-Weltman conclui: "Meu palpite é que eles eram onívoros e muito versáteis, trocando de fonte de alimento para sobreviver”.

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