Imagem do garoto Evandro Caetano - Reprodução / RPC
Caso

Revisão criminal do Caso Evandro é retirada de pauta

A revisão criminal do Caso Evandro foi retirada de pauta pelo Tribunal de Justiça do Paraná

Redação Publicado em 01/12/2022, às 19h13

O pedido de revisão criminal do caso Evandro foi retirado de pauta pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), nesta quinta-feira, 1. Segundo a assessoria de imprensa do TJ-PR, a medida foi necessária "para possível readequação do quórum de julgamento".

Caso Evandro é como ficou conhecido o desaparecimento de Evandro Ramos Caetano em Guaratuba, em 1992. De acordo com a assessoria de imprensa do TJ-PR, não há uma nova data para o julgamento e a medida foi necessária "para possível readequação do quórum de julgamento". 

Além disso, como informado pelo g1, os advogados também pedem uma indenização para os três condenados. São eles: Beatriz Abagge, Osvaldo Marcineiro e Davi dos Santos Soares, pelos quais foi feito o pedido de revisão do processo criminal. A defesa deles pede pela anulação das condenações.

"Nós pedimos a retirada de pauta. Foi uma decisão adequada do Tribunal", disse o advogado Antônio Augusto Figueiredo Basto, que representa os três acusados, ao g1.

A defesa usou provas que foram utilizadas no podcast "Projetos Humanos - O Caso Evandro", produzido por Ivan Mizanzuk. Os trechos da tortura foram cortados quando os acusados foram julgados.

Ocorreu uma reviravolta no caso quando foram conseguidas novas fitas originais por Mizanzuk. A defesa dos três acusados diz que "a lei permite a revisão criminal quando, após a sentença, foram descobertas novas provas". Ela sustenta que a autenticidade dos áudios foi confirmada pelo mesmo perito que analisou as fitas na época, segundo o g1.

Caso Evandro

O menino desapareceu em abril de 1992, no trajeto de sua casa para a escola. Cinco dias depois, seu corpo foi encontrado em um matagal sem os órgãos e com mãos e dedos dos pés cortados. No entanto, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), alega que ele nunca foi identificado.

Sete pessoas foram acusadas pelo desaparecimento do menino e por mais de 20 anos foram cinco diferentes julgamentos no caso. Um deles, foi realizado em 1998, tendo sido o mais longo do judiciário brasileiro, com 34 dias.

Como não houve a comprovação, na época, de que o corpo do menino havia sido encontrado, Beatriz e sua mãe, Celina Abagge, foram inocentadas. Como o Ministério Público recorreu, um novo júri foi realizado em 2011.

Beatriz, então, foi condenada a 21 anos de prisão e Celina Abagge não foi julgada porque o crime já tinha prescrito, já que ela tinha mais de 70 anos. Na época, Osvaldo Marcineiro e Davi dos Santos Soares e Vicente de Paula, pais de santo, também foram condenados pelo sequestro e homicídio do garoto.

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