Suposto espião russo tem recurso negado pela Justiça e segue detido em regime semiaberto

Após a defesa do cidadão russo Sergey Vladimirovich Cherkasov, suspeito de atuar como espião e que está preso em Brasília, apresentar um recurso para que ele fosse do regime semiaberto para o aberto, a 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), em São Paulo, negou a solicitação por unanimidade. 

Na ocasião, a Justiça Federal não considerou o pedido de Sergey "cabível" para que ele fosse encaminhado para um centro de detenção na sede do consulado russo em São Paulo ou para algum presídio que abriga o regime semiaberto para estrangeiros. 

Segundo repercutiu o portal de notícias do G1, a decisão negativa do Tribunal Regional Federal da 3ª Região quanto ao caso de Cherkasov foi realizada na última segunda-feira, 4. 

Quanto a transferência de Sergey para outro presídio para a realização do regime semiaberto, a Quinta Turma resolveu mantê-lo no Complexo da Papuda, em Brasília (DF), "em razão do poder de influência do réu e de seus relevantes contatos fora do país, que transitou por diversos países com passaporte falso e se passou por outra pessoa por longo período de tempo sem ser descoberto".

Outros detalhes 

Conforme a investigação da Polícia Federal, o russo Sergey Vladimirovich Cherkasov foi preso preventivamente na Holanda no começo do ano passado, quando, naquele tempo, ele tentou entrar no país usando o nome de Viktor Muller Ferreira em seu passaporte brasileiro. Sergey foi ainda denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por fazer uso de documentação falsificada. 

Ao se estabelecer lá, ele tinha planos de trabalhar no Tribunal Penal Internacional, em Haia, onde iria investigar supostos crimes de guerra cometidos na Ucrânia, país em conflito com a Rússia desde o último ano.