Imagem capturada pelo telescópio James Webb das estrelas que formam um ponto de interrogação - Reprodução/NASA/ESA/CSA/J. DePasquale (STScI)
James Webb

Telescópio James Webb registra com nitidez um ponto de interrogação formado por estrelas

O par de astros, nomeados Herbig-Haro 46/47, são analisados na Terra e no espaço desde 1950, mas este é o retrato mais nítido já feito

Redação Publicado em 09/08/2023, às 14h36

No último mês de julho, o telescópio James Webb, registrou duas estrelas em formação no espaço profundo em alta resolução. Os astros em criação não causaram espanto nos astrônomos, mas um ponto de interrogação, encontrado após uma análise mais profunda, deixou muitos entusiastas curiosos.

A imagem, que se assemelha a um ponto de interrogação, pode ser intrigante para aqueles que são leigos, mas os especialistas esclareceram que as formas inusitadas são algo bastante comum, pois se trata de duas galáxias se combinando. Conforme repercutido pelo G1, um colaborador do instituto STScI, que maneja o telescópio, explicou ao portal Space.com a origem do avistamento: 

Provavelmente é uma galáxia distante ou galáxias potencialmente interativas, suas interações podem ter causado a forma distorcida do ponto de interrogação.”, afirmou o funcionário ao Space.com

As estrelas

Durante uma conversa com o G1, Rogemar Riffel, astrofísico da Universidade Federal de Santa Maria, explicou que eles chegaram a esta conclusão após a análise da tonalidade do objeto: 

Tudo indica que são galáxias distantes que estão interagindo. Um par de galáxias em processo de fusão, o que resultará em uma única galáxia mais massiva. A cor do objeto é semelhante à cor de outras galáxias de fundo que aparecem na imagem. Isso indica que estão mais ou menos na mesma distância e se formaram na mesma época.”, disse Riffel ao G1. 

Segundo a Agência Espacial Europeia, o par de astros, nomeados Herbig-Haro 46/47, são analisados na Terra e no espaço desde 1950, mas este é o retrato mais nítido já feito. Encontrados na constelação Vela, há 1.470 anos-luz em relação ao planeta Terra, elas estão cercadas por feixes de luz rosa-alaranjados e inseridas em um núcleo laranja e branco. 

Imagem das constelação Vela, capturada pelo telescópio James Webb - Reprodução/NASA/ESA/CSA/J. DePasquale (STScI)

 

Os especialistas buscam aproveitar da tecnologia do James Webb para compreender as modificações das estrelas e nebulosas que as cercam, e assim, se aprofundar na formação dos corpos celestes. 

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