Fotografia da enorme lagosta, apelidada como 'King Louie' - Reprodução/CTV
Lagosta

A mulher que comprou uma lagosta de 10 kg para livrá-la da morte

Em 2016, uma lagosta de mais de 10 kg teve uma segunda chance na vida — de estimados 100 anos

Éric Moreira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 01/02/2023, às 19h00 - Atualizado em 02/03/2023, às 20h08

Ostras, trufas, caviar... Muito se sabe sobre existir, no mundo da gastronomia, alguns pratos considerados de luxo, com preços muito acima de refeições comuns, seja no Brasil ou em qualquer outro lugar do planeta. E esses preços exorbitantes se devem, muitas vezes, pela raridade do produto em questão.

Por outro lado, hoje em dia também são muito fortes movimentos pró-veganismo e contra o desperdício de comida — ou super-faturação de alimentos —, o que faz com que a "alta gastronomia" enfrente alguns obstáculos no caminho. Porém, em 2016, uma grande lagosta recebeu uma segunda chance na vida graças a isso. 

'King Louie', enorme lagosta de 100 anos salva por mulher vegana / Crédito: Reprodução/CTV

 

O resgate do rei

Na província canadense de New Brunswick, na Baía de Fundy, em 2016, o pescador Rodney MacDonald — cuja família administrou a Alma Lobster Shop, um restaurante especializado em frutos-do-mar, especificamente lagostas — pescou o impressionante crustáceo que viria a receber o apelido de 'King Louie' ('Rei Louie', em português). O caso foi repercutido em 2016 pela ABC News.

Pesando pouco mais de 10 kg, foi estimado que o animal possuísse aproximadamente 100 anos, o que definitivamente é digno de um 'rei dos mares'. Logo, não é de se surpreender que a mídia descobrisse rapidamente a existência de um colosso como o King Louie.

Dessa forma, também não tardou para que incontáveis sugestões sobre o que fazer com o crustáceo surgissem, independente da fortuna que ele valesse — lagostas comuns já são consideradas iguarias caras, mas King Louie era especial, e fora avaliado em mais de 200 dólares.

Porém, o destino que a grande lagosta teve foi surpreendente, tanto para os donos do restaurante, quanto para outros interessados no animal (e por que não para a lagosta, também?).

Isso porque Katie Conklin, uma mulher vegana que morava na Nova Escócia — outra província canadense, localizada a 370 km de New Brunswick — pagou cerca de US$ 230 aos MacDonalds para garantir o retorno de King Louie ao seu 'reino' em mar aberto.

Retorno ao reino dos mares

Conforme combinado com Katie Conklin, os MacDonald devolveram o animal ao mar, bem onde ele fora capturado. Embora a família ganhasse a vida vendendo lagostas, a esposa de Rodney, Brittney MacDonald, disse ao canal de notícias canadense CTV que eles estavam "bem" em devolver King Louie à baía.

Com a lagosta gigante presa em sua caixa, Rodney dirigiu seu barco até o meio da baía para devolver a lagosta ao seu lar. Na ocasião, inclusive, ele até gravou um vídeo da soltura, que seria enviado à Conklin, onde também diz um "obrigado" à mulher, de acordo com a ABC News em notícia de 2016.

Trecho do vídeo em que Rodney MacDonald devolve King Louie ao mar / Crédito: Reprodução/CTV

 

Já a mulher que resgatou o animal, também em entrevista à CTV na época, disse: "Só espero que ele carregue seus genes e viva uma vida feliz para sua segunda chance".  Rodney contou que King Louie não foi só a maior lagosta que já capturou, como a primeira que já soltou.

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