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João Barone: louco pela II Guerra

Baterista dos Paralamas do Sucesso revela seu amor pela história do conflito

Maria Dolores Duarte Publicado em 01/01/2006, às 00h00 - Atualizado em 23/10/2017, às 16h36

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Aventuras na História - Arquivo Aventuras
Aventuras na História - Arquivo Aventuras

João de Lavor Reis Silva não era militar e não queria ir para a guerra, mas não teve escolha. Recrutado pelas Forças Expedicionárias Brasileiras, entrou em um navio e desembarcou na Itália. Teve a sorte de se manter vivo, voltar para o Brasil e formar uma família. Da experiência, deixou escapar apenas ter dirigido um jipe e estado em campo de batalha. Preferia não falar sobre o assunto. Se a idéia era afastar as recordações da II Guerra Mundial, não obteve sucesso. O silêncio aguçou a curiosidade dos filhos, principalmente do caçula, João Barone, cujo interesse pelo conflito se transformou em uma de suas paixões. A outra é a música. O baterista do Paralamas do Sucesso passou a infância e a adolescência lendo livros relacionados à II Guerra e assistindo filmes sobre o período. À medida que crescia, o interesse aumentava, até que pôde adquirir peças originais de época e montar um pequeno acervo, iniciado com alguns objetos do pai, como o capacete usado em combate. Em cada feira de antigüidades ou mercado de pulgas que freqüentava em viagens ao exterior, seus olhos buscavam novos tesouros. Ampliou sua biblioteca sobre o tema e comprou raridades, como rádios, ferramentas, porta-cartuchos e peças de uniforme, além de veículos militares – suas maiores relíquias e seu xodó.

Paralamas militares

“Decidi comprar um jipe da II Guerra Mundial em 1998 para ser criteriosamente restaurado e levei anos nesse trabalho”, conta Barone. O modelo Willys-MB, ano 1944, um ícone da época, foi até a Normandia em junho de 2004 para participar das comemorações do fim da guerra, que foi tema do documentário Um Brasileiro no Dia D, produzido pelo próprio Barone. Em 2004, adquiriu um White modelo Scout Car, ano 1942, o primeiro veículo blindado a ser utilizado pelo exército americano no fim dos anos 1930 e único no Brasil, com painel e motor restaurados ao formato original. O mais raro da coleção é o jipe Ford GP, ano 1941, um protótipo para testes da montadora. Segundo Barone, eles ficam guardados em vagas alugadas, pois não cabem no prédio onde vive, no Rio de Janeiro. Essa situação, contudo, vai mudar. A idéia é construir uma ampla e adequada garagem em Petrópolis, onde tem uma propriedade.