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Curiosidades / Brasil

Dos habitantes da mansão a origem do nome: 5 curiosidades sobre a Casa das Rosas

O mais famoso ponto turístico da Av. Paulista também é um dos mais importantes da região, se tornando uma das poucas construções, ainda de pé, que foram erguidas pelos barões do café

Isabela Barreiros/ Atualizado por Fabio Previdelli Publicado em 22/01/2021, às 14h00

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Fotografia da Casa das Rosas, na Avenida Paulista - Wikimedia Commons
Fotografia da Casa das Rosas, na Avenida Paulista - Wikimedia Commons

A cidade de São Paulo está repleta de prédios antigos que, muitas vezes, nem imaginamos a história. Essas residências do passado paulistano podem revelar muitos aspectos curiosos e importantes sobre as narrativas que perpassaram a região ao longo do tempo, e é exatamente isso que inúmeras delas fazem.

Na Avenida Paulista, repleta de prédios espelhados e modernos, existe ainda hoje um pedacinho do passado da capital. A visão da Casa das Rosas pode trazer estranheza no contexto em que está colocada atualmente, resistindo à atualidade dos arranha-céus. Entender a história dessa antiga casa é essencial. Pensando nisso, o site Aventuras na História separou 5 curisidades sobre esse importante cartão postal paulistano. Confira:

1. Construção

No número 37 da via que hoje é conhecida como Avenida Paulista, localizada no bairro da Bela Vista, na capital paulista, está a Casa das Rosas. Ela começou a ser construída no ano de 1935 pelo renomado arquiteto do período cafeeiro de São Paulo, Francisco de Paula Ramos de Azevedo.

Durante a construção, em 1935 / Crédito: Wikimedia Commons

A companhia pela qual Ramos trabalhava também foi responsável pelo desenvolvimento do prédio da Light, da Pinacoteca do Estado de São Paulo e do Theatro Municipal. A mansão, porém, era composta por 38 cômodos, pomares e jardins, tudo no estilo clássico francês. As rosas plantadas no terreno deram origem ao icônico nome da casa.


2. Habitantes

Durante seus longos anos de existência, a Casa das Rosas foi ocupada por diversos habitantes, enquanto ainda servia como residência particular. Ao longo de seus 51 anos, ela serviu de moradia, primeiramente, para uma das filhas do próprio arquiteto responsável por sua construção, Lúcia Ramos de Azevedo, e seu marido, Ernesto Dias de Castro.

Mais tarde, a mansão foi repassada para o filho do casal que primeiro viveu na casa, Ernesto Filho, e sua esposa, Anna Rosa. É possível perceber que a residência se tornou uma espécie de herança de família, passada pelas gerações. No entanto, isso não ocorreria novamente com os herdeiros de Ernesto e Anna.


3. Tombado como patrimônio

Foram poucas as pessoas que puderam viver realmente na Casa das Rosas. Em 1985, ela foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico (CONDEPHAAT) como um patrimônio material da cidade de São Paulo. A partir daí, ela não poderia mais ser residência particular de ninguém.

Crédito: Dornicke/Wikimedia Commons

No ano seguinte, em 1986, a mansão foi desapropriada pelo Governo do Estado de São Paulo com o objetivo de preservar o local. A ideia era não mudar nada em sua originalidade. No entanto, o ambiente já não era mais o mesmo da década de trinta: o casarão já estava rodeado por prédios modernos e comerciais.


4. Atualmente

Depois de ter sido tombada, o casarão passou por inúmeras reformas para mantê-lo preservado. No entanto, é provável que a mais marcante destas tenha ocorrido em 2004, quando a Casa das Rosas foi reinaugurada como Espaço Haroldo de Campos, em homenagem ao escritor e poeta brasileiro.

Atualmente, existem inúmeros programas que acontecem no terreno da mansão, que envolvem principalmente leitura e poesia, conforme pode se imaginar pelo homenageado. Durante os anos, a casa contou com uma vasta programação, além de ser uma atração turística às pessoas que querem aproveitar um período tranquilo em seus belos jardins.


5. Legado

A Casa das Rosas, além de ter um significado histórico marcante, também contém uma importância cultural. Em entrevista à Folha de S. Paulo, a presidente do Conpresp, o conselho de patrimônio da cidade de São Paulo, Nádia Somehk, disse que o edifício é um dos mais importantes da região porque representa as construções erguidas por barões do café, entre o começo do século e os anos 1930.

Fotografia atual da Casa das Rosas, na Avenida Paulista / Crédito: Wikimedia Commons

Esse legado importante foi reconhecido pela publicação feita no Diário Oficial do tombamento do imóvel, em que se afirmava que ela é um “exemplar tardio remanescente do período cafezista, construído na década de trinta, [...] e cujas características correspondem à tipologia predominante na primeira fase de ocupação da Avenida no início do presente século”.


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