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Curiosidades / Bizarro

Bela Adormecida italiana: a impressionante múmia de Rosália Lombardo

Vítima de pneumonia, morte da garota de 2 anos não foi bem aceita pelo pai, que tomou uma atitude inusitada para preservar o cadáver da filha — que após 100 anos continua chamando atenção na Itália

Caio Tortamano Publicado em 14/08/2020, às 08h00 - Atualizado em 26/02/2024, às 06h58

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Rosália Lombardo impressiona por seu estado de conservação - Wikimedia Commons
Rosália Lombardo impressiona por seu estado de conservação - Wikimedia Commons

A morte da pequena Rosália Lombardo não foi muito aceita pelo seu próprio pai, Mario Lombardo. Sem querer encarar a perda da filha de 2 anos de idade, a menina italiana foi levada ao químico Alfredo Salafia, para que ele pudesse embalsamar o corpo da vítima de pneumonia, explica o site Hype Science.

Conhecida como A Bela Adormecida, o corpo da garota— mesmo exposto constantemente à luz — continua extremamente bem preservado, mesmo 100 anos depois após sua morte.

Depois que o cadáver da pequena foi mumificado com uma técnica inovadora para a época e duradoura, ela foi levada para a Capela dos Meninos das Catacumbas dos Capuccinos de Palermo, na Itália. Seu corpo permanece lá até hoje.

O químico Alfredo Salafia e o corpo embalsamado de Rosália Lombardo / Crédito: Wikimedia Commons

Pessoas que visitaram a menina pessoalmente chegaram a dizer que em determinados momentos do dia ela abria e fechava seus olhos. A afirmação assustava alguns curiosos que acreditavam que a menina ainda estava viva de alguma maneira, tamanha era sua conservação.

Mas, na verdade, o que acontecia é que os olhos dela estavam entreabertos, então dependendo da incidência de luz e da posição em que era observada, seus olhos eram iluminados de uma maneira diferente, dando a impressão de que ela estaria piscando.

"É uma ilusão de ótica produzida pela luz que filtra pelas janelas laterais, que durante o dia está sujeita a alteração", afirmou em comunicado Dario Piombino-Mascali, curador das Catacumbas dos Capuchinhos, conforme repercutido pelo Gizmodo Internacional em 2014.

Anos após a morte de Salafia, Dario encontrou notas pessoais do médico responsável pelo embalsamento, e descobriu a técnica utilizada por ele para o cuidado com a Rosália.

A fórmula detalhava o seguinte: “uma parte de glicerina, uma parte de formalina saturada com sulfato e cloreto de zinco e uma parte de uma solução de álcool saturada com ácido salicílico”.

Com uma injeção num ponto único, a formalina dizimou as bactérias e a glicerina foi capaz de impedir que o corpo secasse ao extremo. Além disso, o ácido salicílico matou fungos, enquanto sais de zinco foram capazes de petrificar o corpo da criança.

Alguns outros fatores foram essenciais para o sucesso do embalsamento, tal como o clima seco das catacumbas, e a aplicação de parafina no rosto de Rosália, favorecendo sua perfeita conservação com o passar dos anos.