Ainda que o final da série, em 2019, tenha agradado em grande parte, teve desfecho que dividiu opiniões
Isabelly de Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 21/10/2023, às 11h00
A série ‘The Big Bang Theory’, que contou com 12 temporadas, foi encerrada em 2019. Ainda que tenha mostrado diversas tramas na vida dos personagens, os fãs sempre conseguem perceber detalhes escondidos nos roteiros e nas cenas, a fim de descobrirem cada vez mais sobre a produção que se tornou um marco da comunidade nerd.
Mas, algo que também auxiliou na descoberta de novos e intrigantes detalhes foi o livro da escritora Jessica Radloff, lançado em 2022, ‘The Big Bang Theory: A história definitiva dos bastidores da série’. A autora reuniu, além dos depoimentos do elenco que participou da produção, entrevistas com pessoas que participaram nos bastidores da série, o famoso “por trás das câmeras”.
O final da série se apresentou como muito positivo entre o público, se não fosse por um ponto específico, que foi considerado polêmico e dividiu opiniões — inclusive dos produtores.
Anos após o fim, pudemos descobrir algumas coisas que revelaram que o final de ‘The Big Bang Theory’ não foi tão amigável como parecia, tal como a saída de Jim Parsons, que culminou na decisão do encerramento da produção.
Possivelmente, a escolha mais controversa de todas, apesar dos esforços dos envolvidos em justificar o desfecho, os espectadores não hesitaram em manifestar seu desagrado durante a transmissão, apontando para o fato de que Penny (interpretada por Kaley Cuoco) estava grávida.
Alguns argumentaram que tornar Penny uma futura mãe entusiasmada, entrava em conflito direto com a decisão anterior da personagem de não ter filhos. A escolha foi defendida naquela época, no entanto, o produtor Steve Holland admite que lamenta como tudo aconteceu.
Eu gostaria que tivéssemos tomado um pouco mais de tempo para chegar a essa revelação. Algumas pessoas nos disseram, e talvez com razão, que Penny tomou a decisão de não ter filhos e estava bem com isso, mas depois ela acaba grávida. As pessoas nos diziam: ‘Ela precisa disso? Por que ele não pode ficar bem sem filhos?’ E são sentimentos perfeitamente legítimos”.
"Vem com o salto temporal que fizemos no final, mas conversamos a respeito, se havia outras maneiras de fazer acontecer, talvez ela ter um alarme false de gravidez e acabar decepcionada com isso. Conversamos sobre maneiras de trazer Penny para aquele momento e não passar uma sensação tão abrupta. Gostaria que Penny desse mais um passo antes de chegarmos ao fim", completou o produtor.
Essa decisão veio como uma grande surpresa para todos os que acompanharam a saga da vizinha Penny. Durante toda a série, ela defendeu que não precisaria ser mãe para se sentir uma mulher completa. A personagem nunca demonstrou interesse em assumir um papel materno, o que foi, inclusive, um dos motivos de uma discussão com seu namorado, Leonard (Johnny Galecki).
Consequentemente, Holland não expressa remorso em relação à gravidez da personagem, mas, pela falta de uma construção narrativa adequada que justificasse essa reviravolta.
A atriz também se pronunciou sobre o assunto em uma entrevista que fez para o livro e afirmou que os criadores da sérienão a ouviram, ainda que ela tivesse expressado sua infelicidade:
"Eu realmente desejava que eles não [engravidassem Penny], porque eu amava aquela mensagem [de Penny não querer filhos]", explicou a jovem atriz. "Foi bom como os escritores fizeram o final com a gravidez surpresa de Penny e, no geral, estou feliz, mas, na verdade, eu tinha votado para que ela não estivesse grávida".
