Em texto publicado em 2009, Fidel Castro chamava atenção para o atraso na reforma do sistema de saúde dos EUA
Redação Publicado em 26/09/2023, às 13h11
Em 19 de agosto de 2009, Fidel Castro, ex-presidente de Cuba, chamou atenção para um fato que até hoje gera debate ao redor do mundo: a falta de acessibilidade no sistema de saúde nos Estados Unidos.
Naquele ano, o então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, encontrava obstáculos no Congresso para aprovar um programa de saúde, que tornaria os serviços médicos mais acessíveis. Como repercutido pela Reuters na época, os republicanos na oposição alegavam que o plano de Obama seria um 'passo rumo ao socialismo'.
Nos Estados Unidos, não existe um sistema de saúde semelhante ao que vemos no Brasil com o Sistema Único de Saúde (SUS). Nas terras do Tio Sam, planos de saúde são caros e o antedimento particular inacessível para os mais necessitados.
Ao opinar sobre o assunto, em um texto publicado no site do governo, Fidel destacou que no Congresso dos Estados Unidos orçamentos militares eram aprovados sem maiores obstáculos, enquanto Obama encontrava dificuldade para "levar os serviços de saúde a 50 milhões de norte-americanos que precisam deles".
"Os lobistas no Congresso passaram o mês de agosto trabalhando contra uma simples lei que pretende oferecer assistência médica a dezenas de milhões de pessoas pobres, negros e latinos em sua imensa maioria, que precisam dela", escreveu Castro.
Fidel também citou que: "Mesmo um país bloqueado como Cuba conseguiu fazer isso", ao citar indiretamente o embargo dos Estados Unidos à Cuba, que o governo cita como responsável por dificultar a economia. Fidel Castro disse que Cuba se orgulha em oferecer sistema de saúde gratuito a população.
Na ocasião, o ex-presidente também usou como exemplo uma clínica de Los Angeles que oferecia serviços médicos gratuitamente e chegou a atender 8 mil pessoas que, inclusive, moravam distante e alegaram não conseguir pagar por serviço médico nas cidades onde vivem.
Com problemas de saúde, Castro já havia deixado o governo para o irmão, Raúl Castro. Na época, ele expressava suas opiniões através de artigos publicados em jornais e sites do governo. Já o Obamacare, como ficou conhecido, foi aprovado em março de 2010.
O programa conta com regras federais que visam deixar planos de saúde mais baratos e capazes de prestar uma gama maior antedimento para os estadunidenses. Quando assumiu o cargo de presidente dos EUA, Donald Trump assinou uma série de decretos que visavam desmantelar o programa, no entanto, Joe Biden revogou inúmeras medidas.
"Não estamos fazendo nada de novo. Estamos apenas restaurando a lei sobre a reforma da saúde e a restabelecendo a cobertura assistencial como elas eram antes que Trump assumisse a presidência. Com as mudanças que ele introduziu por decreto, esses sistemas passaram a ser mais caros e mais inacessíveis para muitas pessoas", disse Biden em 2021.
