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Matérias / Fidel Castro

Em 1956, um repórter americano provou que Fidel Castro estava vivo

Contrariando uma notícia de que o guerrilheiro havia sido dizimado, a descoberta mudou os rumos da Revolução Cubana

Mauricio Manuel, arquivo Aventuras na História Publicado em 28/08/2022, às 07h00

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Fidel Castro durante entrevista - Divulgação/Video/NBC News
Fidel Castro durante entrevista - Divulgação/Video/NBC News

Depois que o grupo original de 82 rebeldes foi dizimado, em dezembro de 1956, o regime de Fulgêncio Batista apressou-se em divulgar que Fidel Castro estava entre os 70 mortos. Acontece que o comandante – assim como o irmão Raúl, Che Guevara, Camilo Cienfuegos e Huber Matos – escaparam do massacre.

O ditador só foi desmentido quando o jornalista Herbert Matthews, do jornal The New York Times, entrevistou Fidel no acampamento rebelde em Sierra Maestra, provando que o líder revolucionário estava vivinho da silva.

O encontro entre os dois foi organizado pelo próprio Movimento 26 de Julho (M-26-7). Para chegar às montanhas sem levantar suspeitas, o jornalista passou-se por fazendeiro americano à procura de bons negócios em Cuba.

Durante a visita ao acampamento, no dia 16 de fevereiro de 1957, calculou que a força de Fidelera composta por cerca de 40 homens. Era uma ilusão de ótica. Na verdade; os rebeldes não passavam de 20.

Anos mais tarde, o comandante explicaria o truque: ordenou aos guerrilheiros que trocassem de roupa constantemente e ficassem zanzando para cima e para baixo. Deu certo. Na primeira página de um dos jornais mais importantes do mundo, Fidel pareceria duas vezes mais poderoso do que realmente era.

A personalidade do homem é cativante. Foi fácil perceber que seus homens o adoram. [...] Tem-se a sensação de que ele é invencível. Talvez não seja, mas essa é a fé que ele inspira em seus seguidores”, escreveu Matthews.