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Curiosidades / Personagem

Overdose, violência sexual e sequelas: o renascimento de Demi Lovato

Em sua nova série documental, a cantora revelou os detalhes inéditos de alguns dos momentos mais obscuros de sua vida

Pamela Malva Publicado em 23/03/2021, às 20h30

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Fotografia da cantora Demi Lovato - Wikimedia Commons
Fotografia da cantora Demi Lovato - Wikimedia Commons

Em março de 2011, a cantora Demi Lovato surgiu em eventos, shows e programas de televisão com uma nova tatuagem. Em plena fase Unbroken, título de seu terceiro álbum, a artista escreveu as palavras “Stay Strong” nos pulsos.

Não demorou muito até que os fãs compreendessem que aquela era uma mensagem da artista para ela mesma. Acontece que, em janeiro daquele mesmo ano, Demi teria recebido alta de uma clínica de reabilitação, onde se internou voluntariamente.

Mesmo tão pequena, a mensagem de superação nos pulsos da cantora (que diziam “Permaneça forte”, em tradução livre), traziam indícios sobre os problemas que ela enfrentava na vida pessoal. Hoje, uma década mais tarde, em seu novo documentário, Demi Lovato não apenas falou sobre essas questões, como revelou polêmicas novas.

Demi Lovato em tapete vermelho / Crédito: Wikimedia Commons

Uma carreira meteórica

Nascida no Novo México, Demi começou sua carreira artística ainda muito nova. Aos nove anos, ela já atuava como a pequena Angela, em Barney e seus amigos. Mais tarde, dominou o Disney Channel, protagonizando séries e filmes, como ‘Camp Rock’, ‘Sunny entre estrelas' e ‘Programa de proteção para princesas’.

Amiga de grandes estrelas do mundo Disney, como Selena Gomez, a cantora decidiu que abandonaria a televisão, a fim de focar-se em sua carreira musical, em meados de 2011. Dessa forma, ela lançou mais três álbuns, entre 2013 e 2017.

O problema é que, enquanto ela produzia novas canções e conquistava o mundo do pop com suas músicas, Demi sofria com diferentes problemas na vida pessoal. Da morte do pai, ao problema com as drogas, ela manteve uma rotina caótica por muitos anos.

Demi Lovato durante show / Crédito: Wikimedia Commons

As verdades

Em 2021, então, após anos discutindo sua condição, mas nunca de forma muito aprofundada, Demi Lovato decidiu ser completamente sincera com seu público, dessa vez através do novo documentário “Dancing with the Devil”, do Youtube Originals.

Durante as quatro partes da série documental, Demi conduz seus fãs por uma narrativa completa, que parte dos seus anos de glória e termina nos momentos mais obscuros da vida da artista. Seus problemas com drogas e álcool, então, tornam-se pauta também.

Muito além de explicar quais foram as condições que a levaram a ser internada e, mais tarde, a sofrer uma overdose, Demi ainda revela detalhes sórdidos de seu passado — momentos que ela nunca tinha revelado ao público até então.

Demi durante apresentação em meados de 2016 / Crédito: Wikimedia Commons

Uma montanha-russa

A linha do tempo começou quando Demi era apenas uma criança. Enquanto participava de concursos de beleza e sorria para os jurados, ela também desenvolvia bulimia sem que as pessoas soubessem. Foi apenas o começo de muitos problemas.

Com o passar dos anos, afogada em um universo cheio de luzes, glamour e muita competição, Demi foi diagnosticada com Bipolaridade. No trabalho, enquanto atuava ao lado de artistas da Disney, ela foi vítima de agressões sexuais, cometidas por um colega de equipe, cuja identidade a artista nunca revelou publicamente.

A automutilação veio pouco depois, acompanhada de frustrações indescritíveis. Então veio a internação voluntária, que pareceu resolver alguns dos problemas. Seis anos se passaram até que Demi tivesse uma das recaídas mais intensas de sua vida.

Demi Lovato no trailer do documentário / Créditos: Divulgação/ Youtube 

O renascimento

Em julho de 2018, a cantora foi encontrada desacordada em sua mansão em Los Angeles. Ela havia sofrido uma overdose de heroína. Aquele foi um baque para seus fãs, que temiam pela saúde da compositora, cuja vida estava entrando nos trilhos.

Naquele dia, além de sofrer uma recaída pelas drogas, Demi ainda foi estuprada pelo traficante que teria lhe vendido a heroína. À beira da morte, a cantora teve falência múltipla de órgãos, ataques cardíacos, derrames, danos cerebrais e na visão.

Traumatizada com o acontecimento, Demi afirmou, no documentário, que "precisou morrer para acordar". E, assim, ela entrou em sua mais nova fase, a que intitula o documentário e seu próximo álbum: “Dancing with the Devil... The Art of Starting Over”.

“Eu não fui completamente honesta no passado. E é o que eu acho que esse documentário está fazendo”, contou a compositora. Mas não é apenas a série que promete diversas verdades sobre o passado obscuro da eterna atriz de Camp Rock.

Seu novo e mais complexo disco também deve trazer diversos momentos da vida de Demi. As esperadas faixas I See You e Dancing with the Devil, por exemplo, irão narrar episódios delicados da trajetória da cantora e, assim como todo o projeto do álbum, irão apresentar o renascimento de Demi Lovato, que aprendeu a arte de começar de novo.


Veja abaixo o trailer do novo documentário da artista!