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Desventuras / Arqueologia

Lago de 2.500 anos na Sicília era um local sagrado, revela estudo

Durante um século, o corpo d'água foi interpretado erroneamente como um porto

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 22/03/2022, às 12h11 - Atualizado em 06/04/2022, às 12h24

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Fotografia do lago - Divulgação/ Universidade de Roma
Fotografia do lago - Divulgação/ Universidade de Roma

Após quase duas décadas de pesquisa a respeito de um lago artificial da Sicília, um grupo de pesquisadores liderado pelo arqueólogo Lorenzo Nigro publicou na quinta-feira passada, 17, um artigo concluindo que o local possuía um significado sagrado para os povos de 2.500 anos atrás. 

Durante um século pensou-se que o lago era um porto, mas novas escavações mudaram drasticamente sua interpretação: era uma piscina sagrada no centro de um enorme complexo religioso", descreveu o especialista. 

Uma das descobertas mais decisivas da investigação arqueológica foi realizada em 2010, quando foi localizado um templo com uma estátua do deus fenícioBa'al em uma das bordas da piscina, conforme repercutido pelo Live Science. 

Fotografia da estátua encontrada, e ilustração imaginando como ela seria completa / Crédito: Divulgação/ Universidade de Roma

Em um porto, a construção que se espera encontrar são edifícios portuários, e não templos, de forma que isso deu uma grande pista da interpretação errônea mantida até então. 

A fim de ir mais a fundo na história do lugar, Nigro e sua equipe drenaram a água do lago, descobrindo que ele não possuía conexão com o mar, assim não sendo útil para o transporte de embarcações. 

Essa drenagem ainda permitiu que os arqueólogos identificassem uma série de outros templos e altares, uma coluna de pedra com inscrições e um pedestal no centro do lago onde, no passado, teria existido uma estátua. 

Fotografia do local drenado / Crédito: Divulgação/ Universidade de Roma

Uma característica impressionante a respeito do local, ainda, é que suas estruturas parecem estar localizadas de forma a alinharem-se com estrelas específicas. 

"Isso aponta para o profundo conhecimento do céu alcançado por civilizações antigas. (...) As estrelas e constelações eram consideradas pelos fenícios como deuses e ancestrais sagrados", explicou Nigro, de acordo com informações da CNN.

Após o término dos trabalhos arqueológicos, a piscina foi enchida de água novamente, e uma réplica da estátua de Ba'al encontrada em 2010 foi colocada em seu pedestal central. 

+ Para saber mais, confira o estudo na íntegra clicando aqui;


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