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40 anos depois, hipopótamos de Pablo Escobar podem estar causando desequilíbrio ecológico na Colômbia

Alguns especialistas acreditam que os animais, que foram trazidos pelo narcotraficante nos anos 80, colocam a fauna colombiana em risco

Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 19/01/2021, às 09h09

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Montagem de Pablo Escobar e hipopótamo - Divulgação
Montagem de Pablo Escobar e hipopótamo - Divulgação

Em 1980, Pablo Escobar, um dos mais famosos narcotraficantes de todos os tempos, importou quatro hipopótamos ilegalmente da África. Todavia, os animais se reproduziram ao longo dos anos, e agora sua população de cerca de 80 indivíduos preocupa ambientalistas colombianos. 

Segundo divulgado pelo National Geographic, nem todos os especialistas são contra a presença dos mamíferos gigantes, argumentando que eles podem estar substituindo espécies da cadeia alimentar local que teriam desaparecido milhares de anos atrás. 

Já os defensores de que os hipopótamos estão causando um desequilíbrio ecológico no ecossistema da região, apontam que a urina e fezes deles são tóxicas, deixando humanos e outros animais doentes. 

Também ocorre discordância em relação à solução para o problema. "Ninguém gosta da ideia de atirar em um hipopótamo, mas temos que aceitar que nenhuma outra estratégia vai funcionar", opinou por exemplo a ecologista Nataly Castelblanco-Martínez em entrevista ao The Telegraph. 

Ela acredita que o extermínio é a única opção restante. "A realocação [somente] poderia ter sido possível há 30 anos, quando havia apenas quatro hipopótamos", comentou ainda. 

A especialista se refere à década de 1990, quando se deu a morte de Pablo Escobar e seu zoológico particular teve a maioria dos animais enviados de volta aos seus países originários. Já os quatro hipopótamos foram soltos na selva, provavelmente sem que ninguém pensasse que a espécie prosperaria tanto.