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Notícias / Sequestro em massa

43 jovens desaparecidos: E-mails sugerem que exército do México ignorou denúncias

A população enviou alertas às autoridades por meses antes do sequestro em massa ocorrido em 2014

Ingredi Brunato Publicado em 26/04/2023, às 11h41

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Fotografia de grafite em Uruguai em solidariedade ao caso: "Vivos os levaram, vivos os queremos", diz a mensagem - Divulgação/ Licença livre/ Arquivo Pessoal/ Sortica
Fotografia de grafite em Uruguai em solidariedade ao caso: "Vivos os levaram, vivos os queremos", diz a mensagem - Divulgação/ Licença livre/ Arquivo Pessoal/ Sortica

Em setembro de 2014, um grupo de 43 estudantes de uma escola de Ayotzinapa, cidade localizada no México, desapareceu em meio a uma viagem de ônibus para um município vizinho, onde participaria de um protesto. 

O episódio foi encarado como um sequestro em massa realizado pelo cartelGuerreros Unidos, que não apenas controlava o tráfico de drogas da região, como também teria supostamente feito alianças com policiais locais. 

Nos meses anteriores do rapto dos adolescentes, a situação preocupante de criminalidade teria sido denunciada ao exército do México em pelo menos dez ocasiões pela população preocupada, segundo revelam e-mails oficiais vazados. 

Homens armados voltaram para patrulhar a cidade. Eles se reúnem próximo ao cemitério da cidade, também se reúnem na praça de Cocula sem serem incomodados por ministérios, estaduais ou municipais [policiais]", diz uma das mensagens enviadas para o órgão militar. 

Conforme repercutiu o The Guardian, porém, os alertas dos civis teriam sido ignorados pelas autoridades, permitindo que a realização do atentado pela gangue criminosa ocorresse sem obstáculos. 

À exceção de 3 dos 43 jovens, que tiveram seus restos mortais descobertos, o paradeiro dos estudantes permanece desconhecido até hoje. Além disso, os responsáveis pelo seu sequestro tampouco foram julgados, de forma que as famílias das vítimas ainda buscam por justiça nove anos depois do episódio. 

Vazamento

Os e-mails citados são parte de um enorme vazamento de informações oficiais pelo grupo hacker Guacamaya, que teria invadido os sistemas de segurança virtual do governo mexicano para divulgar ao público cerca de 4 milhões de documentos e correios digitais.