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Notícias / Crânio

Análise revela que crânio de ‘Homo erectus’ de 1,5 milhões de anos é menor do que o esperado

O crânio estudado foi encontrado no sítio de Gona, na Etiópia, e apresenta tamanho surpreendente

Redação Publicado em 02/03/2023, às 15h12

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Crânio de 1,5 milhão de anos - Divulgação / Emiliano Bruner et.al
Crânio de 1,5 milhão de anos - Divulgação / Emiliano Bruner et.al

Um crânio considerado Homo erectus de 1,5 milhão de anos encontrado no sítio de Gona, na Etiópia, foi analisado por um grupo de pesquisadores. Foi revelado no estudo que tal grupo de hominídeos pode ter tido uma capacidade craniana pequena para a gama de variação conhecida da espécie.

O resultado da análise foi publicado no periódico American Journal of Biological Anthropology em 22 de fevereiro. A pesquisa indica que o fóssil pequeno sugere que sua morfologia cerebral não apresenta nenhum traço distintivo do gênero humano.

Ainda que o crânio seja associado à fase africana mais antiga do Homo erectus (conhecida como Homo ergaster), as proporções da caixa craniana são parecidas com a de uma espécie completamente diferente: os australopitecos, que são alvo de debates acerca do pertencimento à nossa própria linhagem humana.

O primeiro autor da pesquisa, o paleoneurologista Emiliano Bruner, disse em um comunicado que “o crânio DAN5/P1 é mais redondo e menos alongado do que observamos em indivíduos posteriores de H. erectus, mas isso provavelmente se deve à arquitetura do crânio, e não a certas proporções no córtex cerebral".

Traços indetectáveis  

Segundo a Galileu, o arqueólogo Sileshi Semaw também conduziu o estudo. Ambos atuam no Centro Nacional de Investigação Sobre a Evolução Humana (CENIEH), na Espanha. A pesquisa foi feita em colaboração com especialistas da Universidade de Colúmbia, Universidade Midwestern, Universidade Estadual de Southern Connecticut e Instituto Stone Age, todos nos Estados Unidos.

Além do tamanho, a dificuldade em encontrar traços cerebrais associados à evolução do Homo pode estar, também na ausência de diferenças macroscópicas no córtex do cérebro, na dificuldade de interpretar a morfologia cerebral dos vestígios internos deixados no crânio, ou até mesmo nas limitações das amostras fósseis.