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Notícias / São Paulo

Aniversário de SP: Sobreviventes do Holocausto participam de campanha inédita

Projeto “Obrigado Paulistanos” mostrará como vida dos perseguidos na Segunda Guerra mudou ao chegarem na 'Cidade da Garoa'

Redação Publicado em 04/01/2023, às 12h00

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Entrada do campo de concentração de Auschwitz - Getty Images
Entrada do campo de concentração de Auschwitz - Getty Images

No próximo dia 25 de janeiro, São Paulo completará 469 anos. Neste ano, a ‘Cidade da Garoa’ ganhará uma homenagem pra lá de especial, fruto da campanha “Obrigado Paulistanos”. 

Segundo a coluna Direto da Fonte, do Estadão, o projeto reuniu sobreviventes do Holocausto para celebrar a data — que é muito próxima de outro dia simbólico: o 27 de janeiro, quando se celebra o Dia Mundial em Lembrança das Vítimas do Holocausto; escolhida por ser quando o Exército Vermelho libertou o campo de extermínio nazista de Auschwitz, em 1945. 

Desta forma, a campanha mostrará a história de diversos sobreviventes do Holocausto que vivem em São Paulo, como a polonesa Ala Sjerman, os romenos Joshua Strul e George Legmann, e a húngara Marika Gidali.

Em 1947, Gidali, que é bailarina, fugiu para São Paulo para escapar da perseguição nazista. “Em Budapeste, sofremos nas mãos dos nazistas por sermos judeus”, disse à coluna. 

Após a guerra, quando os soviéticos dominaram a Hungria, a situação também ficou difícil. Felizmente conseguimos fugir e vir para São Paulo. Nunca mais tivemos problemas. Criei o Ballet Stagium e só tenho a agradecer”, continua. 

“Obrigado Paulistanos”

O projeto “Obrigado Paulistanos” é idealizado por Marcio Pitliuk, cineasta, escritor, curador do Memorial do Holocausto de São Paulo, educador do Stand With Us, e representante da Federação Israelita do Estado de São Paulo.

A campanha contará com a produção de cinco filmes de 30 segundos cada, que serão distribuídos para TV e internet. Haverá também anúncios em veículos de mídia impressa e digital, no qual os sobreviventes contarão a mudança que suas vidas tiveram ao irem para São Paulo. 

A vida dos judeus na Europa sempre foi difícil na maioria dos países, mesmo antes do nazismo. Em SP, puderam praticar sua fé, não tiveram restrições, por isso eles se consideram paulistanos de coração”, explica Pitliuk.

Por fim, o shopping Cidade São Paulo, onde antigamente era a mansão Matarazzo, receberá a exposição “A Cara de São Paulo”, cujo a curadoria fica por conta do maestro João Carlos Martins e de Ana Maria Braga. Já os sobreviventes, pelo terceiro ano seguido, serão homenageados na Câmara Municipal.