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Notícias / Barco viking

Antigo barco viking pode desaparecer nos próximos anos, dizem pesquisadores

Embarcação viking que teria sido produzida entre os anos 700 e 900 pode desaparecer dentro de uma década; entenda!

por Giovanna Gomes

ggomes@caras.com.br

Publicado em 02/07/2024, às 15h17

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Navio viking pode desaparecer - Divulgação/Universidade de Oslo
Navio viking pode desaparecer - Divulgação/Universidade de Oslo

Pesquisadores da Universidade de Oslo fizeram um alerta sobre o navio Gjellestad, construído na primeira metade da era Viking e descoberto em 2021, cujo estado de conservação preocupa devido à degradação acelerada. Se medidas de conservação não forem tomadas, esse importante registro histórico pode desaparecer em 10 anos.

Os pesquisadores estimam que o antigo navio viking tinha aproximadamente 19 metros de comprimento e mais de quatro metros de largura.

Há 8 mil fragmentos dele no local, incluindo quase 1.400 rebites. No entanto, logo no início das escavações, foi identificado um problema de drenagem do solo, que antes era utilizado como lavoura, o que causou um ataque de fungos na madeira.

De acordo com informações da revista Galileu, os pesquisadores iniciaram um trabalho delicado para a retirada, reparo e realocação dos rebites nas marcas do navio, visando preservar suas dimensões originais. Após a escavação, a silhueta da embarcação foi coberta com um plástico perfurado e uma manta de fibra, preenchida com areia. Mas mesmo com esses cuidados, a situação do Gjellestad é preocupante.

O arqueólogo Christian Løchsen Rødsrud estimou que teriam no máximo dez anos para preservar parte do navio, mas ressaltou que a condição piora a cada ano.

Cuidados rigorosos

O solo instável do sítio arqueológico requer cuidados rigorosos para a preservação dos vestígios. Pouca madeira do navio foi conservada devido à intensa atividade agrícola na região por mais de um século. Além disso, a escavação de uma vala de drenagem reduziu o lençol freático, acelerando a decomposição da madeira.

A datação do navio ainda não foi realizada, mas exames arqueológicos sugerem que a madeira na quilha foi cortada após o ano 732, indicando que a embarcação provavelmente data do final dos anos 700 ao início dos anos 900. A descoberta coincide com outras feitas na região, revelando informações importantes sobre a Era Viking.

Os pesquisadores afirmam que a construção de uma camada de proteção é necessária, apesar dos custos elevados. De acordo com a Galileu, arqueólogos e o prefeito do condado de Halden apelaram ao governo norueguês para a conservação do Gjellestad, essencial para que o sítio adquira o status de Patrimônio Mundial da UNESCO.

A organização optou por financiar a instalação de uma estação de monitoramento no sítio de Gjellestad. "Entendo que nossa situação econômica dificulta a solicitação de financiamento, mas isso não é apenas sobre dinheiro. Trata-se de preservar nossa herança cultural", diz Rødsrud.