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Notícias / Antigo Egito

Antigo Egito: DNA de múmias de babuínos revela cidade nunca identificada antes em mapa

A cidade de Punt nunca tinha sido identificado em mapas, apesar disso, já havia sido citada em documentos do Antigo Egito

Redação Publicado em 22/11/2023, às 16h14

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Crânio de babuíno de 3.300 anos - Divulgação/Museu Britânico
Crânio de babuíno de 3.300 anos - Divulgação/Museu Britânico

Um recente estudo sobre o DNA de múmias de babuínos revelou a localização de uma cidade nunca vista antes em um mapa do Antigo Egito, o município portuário de Punt. Mesmo nunca tendo sido identificado em um mapa, o local já tinha sido mencionado anteriormente em documentos do Antigo Egito.

A pesquisa publicada na revista eLife em setembro mostra que os antigos egípcios faziam negócios com membros da região costeira da atual Eritreia. A atividade era realizada para eles levarem babuínos para seus templos. 

Uma vez no Egito, esses primatas eram adorados, porque eram associados ao deus do submundo Babi e à divindade Thot, que era representada com a cabeça de um babuíno. Além disso, os egípcios tinham o hábito de deixar os macacos em cativeiro, e nesses espaços, removiam os dentes incisivos afiados dos animais, para assim torná-los menos perigosos. Muitas vezes, os macacos eram mumificados e oferecidos aos deuses. 

Conforme repercutido pela revista Live Science, Gisela Kopp, geneticista da Universidade de Konstanz, na Alemanha e líder da pesquisa comentou que, até onde se sabe, os babuínos nunca ocorreram naturalmente no Egito. “Havia essas histórias de que eles os obtiveram de Punt, essa terra lendária e misteriosa”, diz Kopp.

Segundo repercutiu a revista Galileu, para que Thot fosse homenageado, é possível que babuínos tenham sido importados de regiões afastadas e mantidos em cativeiro no Egito por gerações. 

Anteriormente, um primatólogo da Dartmouth College, nos Estados Unidos, Nathaniel Dominy, revelou por meio de análise de moléculas nos dentes das múmias, a dieta dos primatas no início da vida. Assim, ele soube que os macacos tinham origem de um local que atualmente abarca a Somália, Eritreia e Etiópia. Essa seria a primeira evidência concreta de onde ficaria Punt. 

Desta vez, o novo estudo chegou mais próximo da localização da cidade a partir da extração de DNA de um babuíno mumificado entre 800 a.C. e 540 a.C.. Além disso, os pesquisadores compararam a genética de 14 primatas dos séculos 19 e 20 com o DNA do babuíno. O passo seguinte foi a extração de DNA de uma múmia de babuíno. 

Outros detalhes 

O DNA do macaco retrocede a evidência inicial de comércio com Adulis em pelo menos alguns séculos, e sugere que Punt e Adulis eram basicamente do mesmo lugar. Em comunicado, Kopp disse:

A amostra que examinamos coincide temporalmente com as últimas expedições conhecidas a Punt, e geograficamente ela coincide com Adulis, que, no entanto, só foi comprovado alguns séculos depois como ponto de comércio, também para macacos", e completa: "Propomos a hipótese de que Punt e Adulis eram designações diferentes para o mesmo local em épocas diferentes."