De acordo com o ministro da Justiça Flávio Dino, Élcio assumiu ter participado do crime junto de Lessa
O ex-policial militar Élcio de Queiroz firmou um acordo de delação premiada com a PM, em que confessou ter participado da execução da ex-vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A informação divulgada nesta segunda-feira, 24, parte do ministro da Justiça, Flávio Dino.
Segundo o ministro, além de ter confessado a participação no crime, Élcio de Queiroz, que está preso desde 2019, apontou o colega, Ronnie Lessa, como autor dos disparos que mataram as vítimas. De acordo com o portal de notícias UOL, a delação está de acordo com o que apurou a PF.
Como destacou Dino, foi com base na delação que foi feita a prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, na manhã de hoje, no Rio de Janeiro. Suel, que já havia sido preso em 2020, sob acusação de ter se desfeito do veículo usado na execução, respondia em liberdade.
De acordo com o ministro, ele participou de ações de "vigilância e acompanhamento" da vereadora Marielle antes de seu assassinato, e mais tarde, ajudou a encobertar o crime.
Além disso, a delação de Élcio Queiroz aponta para a participação de outros indivíduos, cujas identidades ainda não foram reveladas. Também vale destacar que existem indícios do envolvimento de milícias e do crime organizado no caso.
"Nas próximas semanas, provavelmente haverá novas operações derivadas desse conjunto de provas colhido no dia de hoje", declarou Flávio Dino. "Não há crime perfeito. Outras novidades com certeza ocorrerão nas próximas semanas", finalizou.