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Notícias / Arqueologia

Arqueólogos encontram a maior figura rupestre de toda a Península Ibérica

Em Portugal, o painel de cerca de 23 mil anos ilustra vários animais, como bois selvagens, veados e cavalos

Vanessa Centamori Publicado em 27/04/2020, às 09h57

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Pintura rupestre de 23 mil anos - Divulgação / Fundação Côa Parque
Pintura rupestre de 23 mil anos - Divulgação / Fundação Côa Parque

A Fundação Côa Parque (FCP) anunciou a descoberta de uma das maiores figuras de arte rupestre do mundo, em Portugal, no Vale do Côa. Trata-se do maior painel rupestre de toda a Península Ibérica.

A imagem tem como figura principal um auroque, um tipo de boi selvagem. Medindo 3,5 metros, a pintura data do período do Paleolítico Superior, com idade aproximada de 23 mil anos. Segundo a FCP, o achado foi conduzido por Thierry Aubry, responsável pelo Museu do Côa e do Parque Arqueológico do Vale do Côa.

Aubry contou à agência de notícias portuguesa, Lusa, que a datação da pintura só foi possível, pois o painel estava sob várias camadas arqueológicas. "Esta é a única forma de datar objectivamente a arte do Côa, uma vez que é impossível de datá-la diretamente por Carbono 14”, explicou o pesquisador. 

Pintura rupestre de cerca de 23 mil anos / Crédito: Divulgação / Fundação Côa Parque

As escavações começaram a partir de um único traço gravado junto à uma pedra, chamada de rocha 9, que correspondia, na verdade, à garupa do boi selvagem ilustrado há milhares de anos. Em comunicado, a FCP afirmou que a pedra onde estava a pintura "prosseguia sob o solo atual, numa superfície então visível a menos de um metro de comprimento”.

A partir disso, foi possível identificar outros animais gravados por perfurações e raspagem. Entre eles, estavam uma fêmea de veado, uma cabra, e uma fêmea de auroque, seguida pelo seu filhote. Em outra parte, havia mais bois selvagens, além de veados e cavalos. 

Por enquanto, novos trabalhos arqueológicos estão suspensos no Vale do Côa, devido à pandemida da covid-19. Após o fim da quarentena, os arqueólogos pretendem realizar datações físico-químicas para descobrir a idade das várias camadas que cobrem as gravuras da região.