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Notícias / Artefatos

‘Artefatos mágicos’ são encontrados em rota de peregrinação centenária de Israel

Novo estudo revela que os artefatos teriam sido utilizados para proteção e para combater o ‘mau-olhado’

Redação Publicado em 12/09/2023, às 13h49

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Imagens de dois dos artefatos encontrados na rota de peregrinação - Reprodução / Clara Amit / Autoridade de Antiguidades de Israel
Imagens de dois dos artefatos encontrados na rota de peregrinação - Reprodução / Clara Amit / Autoridade de Antiguidades de Israel

Ao longo de uma rota antiga de peregrinação muçulmana que vai do Egito até a Península Arábica, diversos artefatos de cerca de 400 anos foram encontrados. Um novo estudo sugere que eles podem ter sido usados em cerimônias e até mesmo “rituais mágicos”. A coleção de mercadorias foi descoberta em Eilat, região no sul de Israel.

Vários objetos de argila estavam inclusos nesse “pacote”, incluindo uma estatueta de uma mulher nua com as mãos levantadas — que pode ter sido uma referência à alguma deusa egípcia —, além de pequenos altares, fragmentos de chocalhos, diferentes pedras coloridas de quartzo e conchas e estatuetas de animais, indica o estudo publicado no Journal of Material Cultures in the Muslim World em 14 de julho.

Graças ao local em que os itens foram descobertos, foi possível sugerir que eles já tenham sido usados para “rituais mágicos” e que, ao longo de suas jornadas, os viajantes podem ter “consultado feiticeiros populares”. Os objetos foram achados próximo a um acampamento ao longo de uma rota antiga de peregrinação muçulmana que ligava o Cairo à cidade sagrada de Meca, atualmente na Arábia Saudita, de acordo com um comunicado da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA).

Uso dos itens

Conforme informado pelo Live Science, também é possível dizer que esses artefatos tenham sido usados em rituais específicos, principalmente em referência à proteção divina, tal como curar doenças e até para afastar o “mau-olhado”. Ainda no comunicado, os investigadores disseram que “esta descoberta revela que as pessoas no início do período otomano — tal como hoje — consultavam feiticeiros populares, juntamente com a crença formal na religião oficial”.

Os artefatos foram encontrados quebrados e podem até ter sido quebrados propositalmente nas cerimônias”, completou a equipe. “Tais rituais eram realizados diariamente juntamente com os rituais religiosos formais — inclusive no mundo muçulmano — e é provável que os peregrinos que se dirigiam às cidades sagradas de Meca e Medina não fossem exceção” .

A cidade de Medina é considerada sagrada na Arábia Saudita, já que seria onde Maomé teria iniciado a comunidade muçulmana, além de que seu corpo está sepultado lá. Agora, o plano é que a IAA e o Ministério do Turismo de Israel trabalhem juntos para tornarem essa rota uma área turística.