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Bloqueio de internet e violência: Eleição no Paquistão é marcada por cenário caótico

Nesta quinta-feira, 8, paquistaneses foram às urnas para eleger novo primeiro-ministro; enquanto isso, país teve corte na internet e explosões em escritórios de candidatos opositores

Redação Publicado em 08/02/2024, às 13h25

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Fotografia tirada em meio às eleições no Paquistão - Getty Images
Fotografia tirada em meio às eleições no Paquistão - Getty Images

Nesta quinta-feira, 8 de fevereiro, ocorre no Paquistão as eleições para um novo primeiro-ministro do país, que definirão o rumo do país que é aliado dos Estados Unidos no sudeste asiático nos próximos anos. Nesse contexto, os paquistaneses vêm enfrentando um cenário de grande caos no país, incluindo violência, explosões, cortes de internet e até mesmo mortes.

Em entrevista à agência de notícias AFP, Alp Toker, diretor da Netblocks — organização que monitora a internet no Paquistão —, disse que "o atual bloqueio da internet está entre os mais rigorosos e extensos que já observamos em qualquer país." O bloqueio, no caso, ocorreu pouco depois da abertura dos locais de votação, que fecharam às 17hrs no horário local (9hrs em Brasília) por motivos de segurança.

Até o momento, as pesquisas apontam que a vitória eleitoral será do ex-premiê Nawaz Sharif, de 74 anos, uma conhecida figura associada ao Exército do país, além de ser líder do partido Liga Muçulmana do Paquistão; caso vença, esta será a quarta vez em que governa o país.

Seu maior rival, no caso, era o também ex-premiê Imran Khan, de 71 anos. Porém, recentemente ele foi condenado a três longas penas de prisão, e por isso foi impedido de disputar as eleições. Além disso, seu partido, o Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI) foi proibido de fazer campanha, e alguns de seus membros foram detidos ou forçados a deixar o país, o que aumenta a tensão com a suspeita de parcialidade da Justiça.

Violência e desconfiança

Nesse tenso cenário eleitoral, uma série de mortes também marcaram as vésperas das eleições: na quarta-feira, 7, 26 pessoas morreram em duas explosões que ocorreram próximas a escritórios de candidatos rivais, incluindo agentes de segurança.

Além disso, os próprios paquistaneses desconfiam do resultado das eleições: "Meu único medo é saber se minha cédula será contada de fato para o partido em que votei", declarou um operário do setor de construção à AFP ao sair de um centro de votação. Segundo uma pesquisa do instituto Gallup, repercutida pelo g1, quase 70% da população paquistanesa não acredita na transparência das eleições.